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Chile: após incêndio em presídio, parentes agridem autoridades

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, confirmou que já chega a 83 o número de mortos por causa de um incêndio realizado após um motim na prisão de San Miguel, que qualificou de "tremenda e dolorosa tragédia".

"Não podemos seguir vivendo com um sistema carcerário que é absolutamente desumano", assinalou o governante na porta de um dos hospitais para onde foram transferidos 14 feridos no incêndio.

Parentes dos 83 presos mortos agrediram as autoridades encarregadas de divulgar a lista de vítimas. Os familiares lançaram garrafas e pedras nos funcionários perto da prisão, segundo o relato feito por testemunhas aos meios de comunicação chilenos.

"Um verdadeiro caos neste momento", destacou um jornalista da "Rádio Bío-Bío" presente no local. "A Polícia precisou intervir para deter as agressões", acrescentou.

Um dos mais atingidos foi o intendente metropolitano, Fernando Echeverría, a quem os parentes insultaram e lançaram ovos e outros objetos. Echeverría disse antes de entrar em um veículo da Polícia para escapar da ira dos familiares que conseguiu resgatar cerca de 65 presos do quarto andar da Torre 5, onde começou o incêndio.

"Após uma rixa ocorreu o incêndio. Nesse momento no setor sul havia 72 internos, foram resgatados cinco e há 66 mortos", enquanto no setor norte "60 pessoas foram resgatadas e 15 morreram asfixiados", precisou.

O incidente, segundo a Gendarmaria (guarda de prisões), começou com uma rixa às 5h30 horas (6h30 no horário de Brasília) e sete minutos depois as autoridades receberam o alerta.

Os réus começaram a queimar colchões na Torre 5 da prisão e o fogo se espalhou rapidamente. A prisão de San Miguel está preparada para receber 1,1 mil presos, mas atualmente é ocupada por 1.961, uma circunstância que, segundo o diretor de Gendarmaria, Luis Masferrer Farías, "reflete a precariedade do sistema carcerário chileno".
 

 

Terra

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