A BlackBerry, fabricante canadense de celulares, não está em uma fase nada animadora. Após assinar, no início da semana, uma carta de intenção de venda, companhia confirmou um prejuízo de 965 milhões de dólares no balanço do segundo trimestre fiscal, encerrado em agosto.
Segundo comunicado, a receita líquida do semestre somou aproximadamente 1,6 bilhões de dólares, queda de 45% em comparação ao resultado do mesmo período do ano fiscal de 2013, cotado em 2,9 bilhões de dólares.
Durante este período a empresa vendeu cerca de 5,9 milhões de smartphones BlackBerry em todo o mundo.
Em nota, Thorsten Heins, presidente e CEO da BlackBerry, afirmou que a empresa está muito decepcionada com os resultados operacionais e financeiros. “Anunciaremos uma série de mudanças para enfrentar o competitivo ambiente de hardware e aprimorar a estruturação de nossos custos”.
Heins também garantiu que a companhia vai continuar a ser uma empresa financeiramente forte, com 2,6 bilhões de dólares em caixa e sem dívidas. “Estamos focados no mercado em que atuamos e comprometidos em tornar a empresa mais focada e eficiente”, explica.
Crise
Para evitar que a crise que ronda a empresa fique ainda pior, a BlackBerry e o consórcio Fairfax Financial assinaram um acordo de intenções, no qual a Fairfax se dispôs a adquiri-la. No momento, a companhia passa por due diligence, a auditoria que ocorre antes de uma operação empresarial, como compra e venda.
Fontes consultadas pelo The Wall Street Journal afirmaram, na semana passada, que a empresa poderá demitir 40% dos funcionários até o final deste ano. No entanto, Adam Emery, porta-voz da companhia, não quis comentar sobre o caso, a não ser que a BlackBerry passe pela segunda fase de seu plano de transformação, o qual motivará mudanças de organização.
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