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Após prisões e proibição de protestos, manifestantes mantêm marcha no Paquistão

Advogados paquistaneses e partidos da oposição do Paquistão decidiram levar à frente um protesto nacional marcado para esta quinta-feira, seguindo para um confronto com o governo –que proibiu manifestações e deteve centenas de ativistas.

A marcha, que segundo os organizadores busca pressionar por um sistema judiciário independente, poderia desestabilizar o governo do presidente Asif Ali Zardari em um momento em que o país enfrenta grandes desafios, com a economia afundando e o fortalecimento do Taleban. O grupo fundamentalista islâmico que governou o Afeganistão até 2001 aumentou as atividades na fronteira entre os dois países nos últimos meses, desafiando o frágil controle governamental sobre as áreas tribais.

Segundo o plano dos organizadores, o comboio de carros e ônibus dos manifestantes vai sair das Províncias de Sindh e Baluchistão para a capital, Islamabad. Ali Ahmed Kurd, organizador do evento, informou que há uma batalha de nervos: "Eles estão tentando nos assustar com essas táticas. Vamos ver quem vence essa batalha".

Desde segunda-feira, havia a expectativa de que os manifestantes chegassem a Islamabad para exigir a volta do ex-chefe da Suprema Corte, Iftikhar Chaudhry, demitido pelo ex-presidente Pervez Musharraf em 2007. Embora o governo tenha dito que a marcha não será permitida no centro da cidade, os organizadores planejam sentar-se do lado de fora do Parlamento.

Zardari recusou-se a restituir o cargo a Chaudhry. Analistas dizem que o presidente tem medo de que ele possa anular a anistia que Musharraf concedeu a Zardari e a sua mulher, a ex-premiê Benazir Bhutto, assassinada em 2007. Zardari chegou a ser preso por corrupção, mas os 12 processos a que respondia foram suspensos pelo antecessor.

O principal rival de Zardari, o líder da oposição e ex-primeiro ministro Nawaz Sharif, apoia os advogados. Mas Sharif também está enfurecido com a Suprema Corte que o baniu, juntamente com seu irmão. Ele disse considerar o protesto um momento de definição para o Paquistão. O governo ameaça processar Sharif por incitação de motim se a marcha for violenta.

 

Folha Online

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