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Air France: ameaça de bomba

Ameaça de bomba faz avião da Air France que saiu do Rio para Paris pousar no Recife

 

Uma falsa ameaça de bomba forçou um avião da Air France a fazer um pouso não programado na noite deste sábado no Aeroporto Internacional Guararapes Gilberto Freyre, em Recife (PE). O voo AF443 tinha decolado do Aeroporto Internacional Tom Jobim, do Rio, às 16h20m, com destino a Paris, na França. A avião pousou na cabeceira da pista, numa área remota, distante do prédio do aeroporto, onde equipes de policiais e bombeiros já o aguardavam.

Os 405 passageiros e 18 tripulantes foram retirados do Boeing 747-400 em segurança. Por cerca de meia hora, toda as operações de pousos e decolagens em Guararapes ficaram paralisadas. Foram prejudicados oito chegadas e duas partidas.

Peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Federal e agentes do esquadrão antibomba da Polícia Civil pernambucana fizeram uma varredura no avião, em busca da suposta bomba. Segundo fontes da Polícia Federal, nenhum explosivo foi encontrado na vistoria. De acordo com a Infraero, foi acionado o Procedimento de Segurança Nacional da Aviação Civil para a aterrissagem não programa. A empresa informou que voo foi liberado às 23h.
Telefonema para a torre avisou sobre artefato

A suspeita sobre a bomba surgiu após o trote de uma mulher, não identificada, para a torre de controle do Aeroporto de Guararapes, avisando sobre o artefato. Segundo o especialista em análise de acidentes Moacyr Duarte, professor da Coordenadoria de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da UFRJ, jamais houve uma ameaça de bomba em avião no Brasil.

Após saírem do avião, os passageiros permaneceram no setor de desembarque, onde passaram por uma revista. Um deles contou que, durante o voo, o comandante informou que pousaria no aeroporto de Recife por causa de um problema técnico na aeronave. Apenas após o pouso eles foram informados de que havia a ameaça de bomba.

O engenheiro José Ribeiro, passageiro do AF443, contou que não houve pânico no avião. Segundo ele, pouco depois de a aeronave passar por Natal, o comandante informou que teria que fazer um pouso em Recife por causa de problemas técnicos. Como o avião ficou parado longe do local de desembarque, os passageiros tiveram que pegar um ônibus até o terminal.

Outra passageira, que não quis se identificar, elogiou a conduta da tripulação, mas reclamou da falta de atenção da companhia aérea e da Infraero durante o período em que teve que permanecer no Aeroporto de Guararapes:

– Primeiramente, ficamos num local melhor, na área de embarque, mas depois nos levaram para uma sala no subsolo bastante desconfortável, muito quente. Não havia nenhum funcionário nos acompanhando. Eles apenas passavam, davam a informação de momento e iam embora.

A passageira, que tinha como destino final a cidade de Roma, na Itália, demonstrou preocupação com a perda da conexão em Paris por causa do período de atraso provocado pelo pouso em Recife:

– Tenho um compromisso marcado, e aqui no aeroporto fomos tratados com muito descaso. No início, as informações sequer foram passadas em português, apenas em francês e inglês. Precisou que as pessoas reclamassem.

 

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