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Veja diferenças do capacete comum para o de F1

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O acidente com o piloto Felipe Massa alertou para a importância do capacete na proteção de quem está dirigindo. O equipamento de segurança utilizado pelo brasileiro ajudou a absorver parte do impacto com a mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello e ainda teve papel fundamental na proteção ao choque do cérebro de Massa com a caixa craniana na desaceleração instantânea do veículo ao bater no muro de proteção.

“Os capacetes da Fórmula 1 precisam ser mais leves em função das forças laterais às quais os pilotos são submetidos, e também devem ser muito resistentes”, destaca Ricardo Bock, professor de engenharia mecânica da FEI. “Eles devem ser como um ovo: resistente por fora e capaz de absorver parte da energia na parte de dentro e impedir ao máximo que o cérebro se choque contra o crânio.”

Na Fórmula 1, os capacetes pesam de 1.250 g a 1.800g, valores parecidos com os capacetes de motociclistas para uso urbano. No entanto, eles têm mais resistência, mais camadas e pesam menos, e podem custar até R$ 4 mil. Pelas normas da Federação Internacional de Automobilismo, eles devem atender a testes de impacto e absorção de energia de até 285 vezes o valor da gravidade. Eles são feitos por 120 camadas que são soldadas e endurecidas em forno industrial a 132 ºC de temperaturas. Os equipamentos recebem camadas de policarbonato laminado e usam fibra de kevlar, um material à prova de balas.

O revestimento é feito por um tecido a prova de fogo e feito de poliestireno. As viseiras são de policarbonato com três milímetros de espessura e também resistem a projéteis. Todo este equipamento é submetido a testes de impacto e de incêndio antes de ser homologado. O piloto ganha ainda um suporte para a cabeça e pescoço que evita lesões nesta região.

Já os capacetes comuns, usados por motociclistas no trânsito, precisam atender às especificações da norma técnica ABNT NBR 7471 de 2001 e devem ter a etiqueta de aprovação do

Inmetro. Eles pesam em média 1.600 g e sãos feitos de um material chamado ABS, sigla que, em inglês, significa Acrilonitrila-Butadieno-Estireno, um plástico de engenharia altamente resistente e que consegue absorver parte do impacto de uma colisão.

 

O material é capaz de difundir melhor a força de um impacto para que toda a energia seja distribuída em sua superfície. Os capacetes são submetidos a seis testes de impactos nos quais a soma dos resultados obtidos não pode supera 300 vezes a força da gravidade. Ao contrário dos capacetes de Fórmula 1, os de motociclistas não passam por testes de incêndio por não ser uma ocorrência comum para quem anda de moto.

 

"Outra diferença é que os capacetes de motociclistas proporcionam um ângulo de visão maior para o usuário do que os de automobilismo, nos quais o rosto fica quase todo coberto e o piloto praticamente só olha para a frente", destaca Oswaldo Coelho de Souza, diretor da fabricante de capacetes Starplast.

 

No mercado é possível encontrar capacetes de diferentes tipos, preço e qualidade, a partir de R$ 70 até R$ 2.500.

Na fabricação do capacete, o ABS passa por um processo de derretimento em altas temperaturas e é injetado em um molde para a confecção do casco do capacete. Uma segunda camada de poliestileno expandido (isopor) reveste a parte interna do equipamento. Ela acomoda a caixa craniana e também ajuda na absorção de energia. Por último, um tecido separa o contato da cabeça com o capacete.

A viseira é feita de policarbonato cristal, um elemento resistente e flexível, e deve ter pelo menos dois milímetros de espessura. O capacete comercial é submetido a ensaios de impacto para verificar sua resistência. O ideal é o uso de viseiras transparentes. Os modelos fumês podem ser usados apenas durante o dia. Também é analisada a cinta jugular que prende o capacete à cabeça junto ao pescoço.

 

G1

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