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Rivais reclamam de gastos e complicações para igualar “trio do difusor”

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A decisão da Corte de Apelação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de recusar os protestos feitos por quatro equipes (Ferrari, Red Bull, Renault e BMW) e aprovar o uso dos difusores traseiros adotados por Brawn GP, Toyota e Williams fez com que as equipes lançassem uma nova preocupação.
 

Na temporada que a redução de custos virou palavra de ordem na F-1, os times que não contam com o mesmo modelo de difusor traseiro adotado pelo trio terão de reavaliar os projetos e conceber uma peça semelhante, já que o difusor traseiro teria gerado uma redução de 0s5 por volta nos tempos feitos pelas equipes que o utilizam.

A Ferrari foi a primeira a anunciar que o impacto financeiro será imediato com a decisão da FIA. "Infelizmente esta decisão nos força a intervir em áreas fundamentais do design do carro para competir em condição de igualdade com outros times do ponto de vista técnico. Isso custará tempo e dinheiro", disse o chefão da escuderia, Stefano Domenicali.

"O que está acontecendo é estúpido, obrigando as equipes a gastarem tanto dinheiro em um momento de crise", lamentou o chefão da Renault, Flavio Briatore. Terceira força da F-1 em 2008, a BMW é outra que mostra preocupação com a aprovação dos difusores usados por três de suas concorrentes. "Sete equipes terão de investir muito forte para fazer as modificações necessárias nos seus carros", lamentou Mario Thiessen, chefão da equipe.

Além de reestudar os projetos originais para a temporada 2009, as equipes terão de adaptar esta peça sem realizar testes em circuitos, já que o novo regulamento da FIA impediu os testes coletivos após o início do Mundial, justamente para cortar gastos. Agora, os times têm direito a apenas oito treinos mas em linha reta ou raio constante.

Desta forma, as mudanças terão de ser conduzidas no túnel de vento de cada equipe, mas este não pode ser feito com carros em dimensões reais, precisando ser em tamanho reduzido ao "carro verdadeiro", esta também outra exigência do regulamento deste ano.

O teste real na pista será mesmo durante os treinos livres de cada GP. E a primeira equipe que pode levar para a pista um novo difusor é a Renault, que já anunciou nesta semana ter o equipamento pronto para ser utilizado no GP da China, que tem a primeira atividade em pista na noite desta quinta-feira.

"A Renault não perdeu o bonde, como disse a Brawn, porque a FIA nos disse que isso era ilegal. A partir disso, o difusor foi abandonado. Temos um protótipo pronto", garantiu Andrew Ford, que representou a escuderia francesa na reunião da Corte de Apelação da FIA.

Uma das equipes que utiliza o difusor traseiro, que pemite uma maior passagem de ar pelo assoalho do carro e melhora assim a aerodinâmica do monoposto, a Williams acredita que as outras equipes também não demorarão para encontrar uma solução. "As outras equipes mudarão os designs dos carros e isso não demorará. Agora, temos de melhorar a competitividade do carro, o que também não deve demorar", adiantou o chefe-executivo da equipe, Adam Parr.

Após o GP da Austrália, em 29 de março, cinco equipes iniciaram os estudos para "copiar" a peça que tanto deu vantagem a Brawn GP, Toyota e Williams. Renault, Ferrari, McLaren, BMW e Red Bull passaram a desenhar um novo difusor em suas fábricas, apesar de oficialmente não terem confirmado a informação. A peça foi mostrada pela primeira vez no final de janeiro, após a divulgação dos modelos de Toyota e Williams para a temporada, e já havia sido contestada naquela ocasião.

Costumeiras equipes que andavam atrás em 2008, o "trio do difusor" aproveitou o mau desempenho no ano justamente para desenvolver o carro desta temporada, quando muitas mudanças foram feitas e a aerodinâmica passou a ser vital para um bom desempenho. Segundo estudos divulgados por revistas econômicas, a Toyota e a Honda, equipe que teve o espólio adquirido pela Brawn GP, eram as duas que tinham mais investimentos na F-1.
 

 

UOL

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