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Paciência no tiro e explosão da natação movem o Brasil no Pan

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 Tiro e natação. Poucas modalidades podem ter pré-requisitos tão diferentes para o sucesso. Na primeira, pede-se respiração pausada, paciência, equilíbrio. Na segunda, não dá para triunfar sem explosão física e muita energia. A delegação brasileira conseguiu aliar caminhos tão divergentes nesta sexta-feira para, coletar medalhas e não só sustentar, como abrir vantagem no ranking geral dos Jogos Pan-Americanos.

 

A grande notícia foi o ouro de Etiene Medeiros na piscina. A nadadora recifense se tornou a primeira brasileira a vencer uma prova do Pan na história, ao triunfar nos 100m costas – lembrando que Rebeca Gusmão chegou a ganhar as provas de 50m e 100m livre no Rio 2007, mas viu as medalhas serem cassadas após constatação de doping.

 

A prova de Etiene foi especial em diversos sentidos. Além de ser a primeira brasileira a cumprir essa distância abaixo de um minuto, ela estabeleceu o recorde da competição e da América do Sul e marcou a sexta melhor marca do ano na prova. Não obstante, a pernambucana ainda nadou pela prata nos 50m livre, sendo superada apenas por Arianna Vanderpool, de Bahamas.

 

Depois foi a vez de Felipe França fazer um tempo excelente – o terceiro melhor do ano – nos 100m peito para ganhar o ouro, fazendo, inclusive, dobradinha com seu xará Lima. Valeu para o campeão curar sua ressaca olímpica. Nos 50m livre, Bruno Fratus ficou com a prata, e caiu dessa forma uma hegemonia brasileira que vinha desde 1995 na prova.

 

Longe do parque aquático, os dois primeiros ouros brasileiros do dia saíram com disparos de pistola e carabina pelo tiro esportivo. Com a primeira arma, na distância de 50 metros, o experiente Julio Almeida, piloto da Força Aérea Brasileira, foi ao pódio pela quarta vez no Pan, mas agora num inédito primeiro lugar.

 

De quebra, ainda assegurou ao país uma vaga olímpica nessa prova específica. Nas baterias de carabina deitado, também a 50 metros, o paranaense Cássio Rippel, de 37 anos, foi soberano do início ao fim, superando até mesmo o líder do ranking mundial, o norte-americano Michael McPhail.

 

Já no tiro com arco, Marcus Vinicius DAlmeida, Daniel Rezende Xavier e Bernardo de Oliveira conquistaram o bronze por equipes, atrás de México e Estados Unidos. Foi a primeira medalha nacional nessa modalidade desde os Jogos de Caracas 1983.

 

Coletivos: a principal vitória aconteceu no basquete feminino. Menos de 24 horas depois de perderem a estreia para os Estados Unidos, as meninas voltaram às quadras para um confronto direto pela segunda vaga do grupo com Porto Rico. Fizeram mais um jogo equilibrado, mas ganharam por 62 a 67. No handebol (vitória por 34 a 17 sobre o Canadá) e no vôlei (passeio de 3 sets a 0 sobre a Colômbia), foi a vez de os homens jogarem.

 

Missão brasileira: duas medalhas de bronze não podem passar desavisadas. No ciclismo de pista, a segunda medalha em Toronto veio com Gideoni Monteiro, na prova de omnium. Na luta livre, Aline da Silva ganhou o bronze.

 

Quantas medalhas faltam para a meta do COB? 68. Para o comitê brasileiro, o cenário ideal é superar o total de pódios de Guadalajara-2011 (141).

 

Um personagem: você já ouviu falar de Maurício Motta Paes? Se a resposta for “não”, sem problema, mesmo que estejamos falando do treinador encarregado pela orientação da seleção masculina de vôlei no início do Pan. Amigo de Bernardinho, há 30 anos fora do país, ele nem mesmo tem cargo fixo na CBV e está, digamos, quebrando um galho, enquanto o principal assistente da seleção, Rubinho, não se junta ao grupo depois do fiasco na Liga Mundial.

 

Um causo: Angélica Kviecznski e Natália Gáudio, duas integrantes da equipe brasileira da ginástica rítmica, não ficaram tão satisfeitas assim com as notas que receberam no primeiro dia de competições. Então resolveram entrar com protesto. Os jurados de fato revisaram a pontuação inicial para a série do arco. Mas foi para baixo.

 

 

IG
 

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