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Orgulho de Piúra, herói peruano inspira o Flu em batalha contra o rebaixamento

Se para muitos a epopeia do Fluminense para se salvar de um rebaixamento cada dia mais próximo pode ser considerada como uma batalha pela própria tradição, os jogadores têm a cada esquina de Piúra uma inspiração histórica para alcançarem o posto de herói: o “Gran-Almirante” Miguel Grau.

 

Combatente de guerra, o marinheiro é o expoente máximo da luta do povo de seu país pelos próprios direitos e território. Seus feitos o elevaram, no fim do Século XX, ao posto de peruano do milênio. Nascido na cidade da partida entre o Tricolor carioca e o Alianza Atlético, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, Grau é a personificação do orgulho piurano e se fez onipresente no local.
 

Raramente caminha-se mais de um quilometro sem encontrar uma referência ao herói, que morreu aos 45 anos, em 1879. Da avenida principal que leva seu sobrenome às lojas com “Grau” no sufixo ou no prefixo, monumentos e estátuas chamam a atenção pela grandiosidade. Próximo ao hotel onde o Fluminense está hospedado, inclusive, há uma rotatória com a “Plaza Miguel Grau” ao centro.

Nela está localizada a réplica mais imponente do marinheiro, que vem acompanhada dos dizeres: “Da República do Peru ao seu mais heróico e abnegado defensor”. Ao povo de sua cidade, Grau deixou mais do que suas conquistas militares, como afirma o recepcionista de hotel Humberto Lizama.

– Para o Peru, é um herói por tudo o que representou. Para mim, como piurano, é um exemplo. Batalhou pelo nosso povo, mas não como os chilenos, que matavam os inimigos. Tentava fazer o bem – explicou Lizama.

 

Chamado também de o “Cavalheiro dos Mares”, sua história é preservada de forma especial em um museu, instalado na casa onde viveu, no centro de Piúra. No local, informações sobre a história de vida de Miguel Grau se juntam ao acervo que inclui até mesmo uma réplica da embarcação huáscar, na qual participou de sua principal missão: a Guerra do Pacífico, que colocou Peru e Bolívia contra o Chile em disputa territorial.

G1

Ao apito final do árbitro equatoriano Carlos Vera na partida contra o Alianza, nesta quarta, o Fluminense corre para o aeroporto para retornar ao difícil caminho do Brasileirão, mas leva na bagagem uma lição: “pelear é preciso”.

 

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