McLaren confirma retorno de Alonso

 A McLaren confirmou nesta segunda-feira (23) que o piloto espanhol Fernando Alonso, que se acidentou durante os treinos de pré-temporada e não disputou o Grande Prêmio da Austrália, voltará às pistas na segunda prova do ano, na Malásia, neste fim de semana.

"A McLaren-Honda tem o prazer de anunciar que Fernando Alonso voltará a pilotar seu MP430 no Grande Prêmio da Malásia, neste fim de semana", informou a escuderia britânica em comunicado.

A equipe lembra que desde o acidente em Barcelona "Fernando seguiu um rigoroso e especializado programa de treino, planejado e monitorado de perto pelos melhores cientistas esportivos para garantir sua segurança e seu oportuno retorno às corridas".

Na semana passada, Alonso trabalhou junto aos engenheiros e praticou com o simulador no Centro de Tecnologia da McLaren para ficar em dia com as novidades do chassi e a unidade de potência do MP4-30.

"Como parte desse processo, Alonso esteve com seus engenheiros falando sobre o acidente e analisando os dados, que foram compartilhados com a FIA", disse a escuderia.

"Fernando quer voltar ao carro e fazer uma contribuição substancial aos nossos esforços coletivos com a Honda para acelerar o progresso necessário em nosso rendimento nas pistas", conclui o comunicado.

Fernando Alonso não pôde competir na primeira prova de 2015, disputada em Melbourne, por recomendação médica após o acidente sofrido no circuito de Barcelona no dia 22 de fevereiro. Embora o piloto estivesse em perfeitas condições, como explicou a McLaren, foi aconselhado a não participar pelo que uma nova concussão poderia acarretar. Em Melbourne, o espanhol foi substituído pelo dinamarquês Kevin Magnussen, que teve que abandonar a prova por problemas mecânicos.

Fernando Alonso já venceu duas vezes o campeonato mundial de F-1, mas não tem mais conseguido os mesmos resultados do passado.

O motivo para a queda brusca? Uma explicação pode ser a sequência de acidentes que Alonso já sofreu nas pistas durante a carreira.

O que causou a confusão foi a chuva, que chegou a formar um verdadeiro lago na pista de Interlagos.

Ao passar pelo local, Fernando Alonso, então terceiro colocado com a Renault, passou por cima dos destroços.

Quando se chocou com os destroços, Alonso deixou a pista mais “suja” ainda, e a organização foi obrigada a terminar a corrida.

Como estava em terceiro, Alonso terminou “no pódio”, mas não compareceu à premiação do GP por precauções médicas.

Em setembro de 2012, no GP da Bélgica, um acidente envolvendo quatro carros preocupou a todos.

Logo na largada, ainda na primeira curva, os quatro pilotos se chocaram.

Entre eles, estavam Alonso, primeiro colocado do campeonato, e Hamilton.

A confusão começou quando Grosjean, piloto da Lotus, acertou a McLaren de Hamilton.

Com o impulso, os dois se chocaram com os outros dois pilotos que estavam à frente, Alonso e Sérgio Perez.

O carro de Alonso foi atingido em cheio por Grosjean e saiu “voando”.

Com o acidente, os pilotos tiveram que deixar a corrida, mas o caso de Alonso chegou a gerar mais preocupação.

O espanhol permaneceu dentro da Ferrari depois da batida.

Pouco depois, ele conseguiu deixar o carro e saiu reclamando apenas de uma dor nas costas.

Sem dois dos principais concorrentes, Jenson Button foi o vencedor na Bélgica.

Após o GP, Grosjean foi punido pela FIA por uma corrida por ter sido considerado o culpado pelo acidente.

Também em 2012, no GP do Japão, Alonso também se complicou após uma largada “exagerada”.

Assim que a largada foi dada, o espanhol partiu para cima de Kimi Raikkonen e acabou tocando no carro do adversário.

Após a batida, o pneu da Ferrari de Alonso furou e ele precisou abandonar a corrida.

A “lambança” custou caro ao piloto, que era o primeiro colocado do campeonato e viu, na época, o alemão Sebastian Vettel encostar na classificação.

Um ano após vencer o GP da Malásia, Alonso voltou ao país em 2013 para disputar a ducentésima corrida de Fórmula 1 da carreira.

O resultado, no entanto, não foi o esperado, e o piloto espanhol teve que abandonar o GP ainda na segunda volta.

Alonso , então na Ferrari, foi bem nos treinos e conseguiu largar na terceira colocação.

Após a largada, ele foi para cima dos dois primeiros e, ao tentar passar o pole, Sebastian Vettel, acabou acertando o carro do rival alemão.

A batida não foi das mais feias, mas o suficiente para danificar a asa dianteira da Ferrari de Alonso, que tentou ficar na pista sem ter que ir aos boxes.

A peça, então, caiu de vez e foi parar embaixo do carro do piloto, que se viu obrigado a desistir e abandonar a corrida de número 200 da carreira. Após o GP, por meio de comunicado oficial da Ferrari, Alonso se explicou…— Hoje, infelizmente, fomos muito azarados. Depois de fazer uma boa largada, fiz contato com Vettel na segunda volta: foi uma surpresa encontrá-lo ali, quase parado, e não sei a que velocidade ele ia.

Em uma das voltas, o piloto espanhol percebeu que o carro estava com problemas no sistema de recuperação de energia. No fim do ano passado, quando ia se despedindo da Ferrari, Alonso teve problemas com o carro no GP da Itália. Sem opção, teve que largar a corrida, que acabou vencida por Lewis Hamilton. Em Mônaco, na França, Alonso não teve sorte em duas oportunidades.

Em 2004, correndo pela Renault, ele se chocou no muro dentro do túnel.

Já na Ferrari, em 2010, ele novamente exagerou na velocidade e acabou batendo o carro no circuito. O acidente mais recente de Alonso foi neste ano, antes mesmo de a temporada começar. Em Barcelona, enquanto treinava com a McLaren, Alonso perdeu o controle do carro e bateu em um muro. Após a batida, o espanhol precisou ser retirado do circuito de helicóptero. As versões para explicar o acidente foram muitas…Alguns jornais noticiaram que Alonso perdeu a consciência antes da batida. Outros rumores falavam em problemas técnicos no carro. O verdadeiro motivo ainda não veio à tona.

Após o acidente, inclusive, Alonso teria perdido boa parte da memória no hospital. Segundo o jornal El Pais, da Espanha, o piloto pensou que estivesse em 1995.

R7