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Líbero “fofinha” do São Caetano dribla preconceito e dá show na Superliga

Após vencer o Vôlei Futuro na última rodada do quarto turno, o time do São Caetano ganhou dois dias de descanso. Na volta ao batente, nesta terça-feira, as jogadoras trabalharam duro. Até o próximo sábado, serão 20h de treinos divididos em dois períodos diários. Uma delas, porém, terá que se esforçar mais do que as outras. Melhor líbero do campeonato, Suelen vai caprichar nos exercícios aeróbicos a pedido do preparador físico do clube.

 

Com 83kg distribuídos em 1,65m, ela foge do biotipo de uma jogadora de vôlei – a central Thaisa, a mais alta em atividade no Brasil, tem 1,96m e apenas 78 kg. No entanto, Suelen tem brilhado na Superliga Feminina e foi fundamental para levar o São Caetano aos playoffs da competição. Até agora, suas estatísticas são impressionantes: 57,88% de eficiência, com 220 recepções excelentes e apenas sete erros no fundamento.

 

– O fundamento que a gente mais treina é o passe. Estar na frente de tanta gente é uma surpresa, mas é fruto de muito trabalho. Fico feliz por ver que os resultados são tão bons – afirmou a atleta de 21 anos.

A líbero admite que, desde a sua entrada no esporte, as comissões técnicas de suas equipes "pegam no seu pé" sobre a questão do peso. Pedem que ela se esforce mais do que as outras nos treinamentos físicos e que controle sua alimentação. Suelen tenta seguir as recomendações, mas não deixa que o problema afete seu desempenho dentro de quadra. Com a bola nas mãos, ela vai muito bem, obrigado.

Essa questão do peso é uma coisa que vem comigo desde que eu comecei a jogar, mas nunca me atrapalhou em nada. Acho que, para quem é gordinha, o melhor a se fazer é ter certeza daquilo que quer e saber que você pode alcançar seus objetivos como qualquer um – ensinou ela, que namora o ponteiro Rafael Baroni, do Vôlei Futuro.
 

Líbero sonha com seleção brasileira

 

Nascida em Belo Horizonte, Suelen descobriu o vôlei aos oito anos de idade, ainda na escola. Jogou por três anos em um clube em Contagem (MG) até se transferir para o Mackenzie e depois para o Minas, onde ficou por dois. Antes de acertar com o São Caetano, defendeu o Araçatuba por duas temporadas. Desde o início, chamou a atenção por ser mais fofinha que as demais, mas principalmente por seu talento. Começou como levantadora, mas a altura a forçou a mudar de posição.

– O (Antonio) Rizola me chamou para a seleção juvenil como líbero em 2004, e a partir daí tive que me adaptar – contou.

Graças à capacidade de adaptação, hoje ela atua ao lado de três das jogadoras que mais admira: Fofão, Mari e Sheilla. Suelen tenta aprender, especialmente com a capitã da equipe feminina em Pequim, o caminho das pedras até a seleção brasileira.

– A Fofão dá uma liberdade muito grande, é um amor de pessoa. Não conversamos ainda sobre a seleção, mas tento aprender o máximo possível com ela. Quero chegar lá um dia.

globoesporte.com

 

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