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Jean Todt confirma expectativa e é eleito o novo presidente da FIA

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O francês Jean Todt, ex-chefe da equipe Ferrari na Fórmula 1, derrotou o finlandês Ari Vatanen em eleição realizada em Paris, na França, e foi escolhido como o novo presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e será o substituto do inglês Max Mosley no cargo após 16 anos.
 

Na disputa com o ex-piloto de rali Ari Vatanen, Jean Todt recebeu 135 votos, contra apenas 49 do adversário. Ainda houve 12 abstenções e votos anulados na assembleia realizada pela FIA. O dirigente francês teve inclusive o apoio de Mosley para vencer a eleição.

Todt foi chefe da equipe Ferrari entre 1993 e 2007 e teve seu melhor momento no período em que o alemão Michael Schumacher conquistou cinco títulos mundiais de pilotos. Ele também trabalhou no Conselho Mundial de Automobilismo da FIA.

O francês de 63 anos era considerado o favorito para o cargo. Ele iniciou sua carreira no automobilismo como piloto em provas de rali e chegou a ser vice-campeão mundial em 1981, como navegador do francês Guy Fréquelin.

Em 1982 e 1983, Todt trabalhou no cargo de diretor da equipe Peugeot Sport e foi um dos responsáveis por quatro títulos mundiais (dois de pilotos e outros dois de construtores) na disputa do Rali Paris-Dacar. Ele ainda trabalhou com a equipe Peugeot-Citröen na equipe vencedora das 24 Horas de Le Mans em 1992 e 1993, antes de ir para a Ferrari na Fórmula 1.

A gestão de Jean Todt será formada também por três vice-presidentes, o norte-americano Nick Craw, o neo-zelandês Brian Gibben e o britânico Graham Stoker. Também farão parte do comando da FIA, como diretores, o equatoriano Hernán Gallegos Banderas, o mexicano Carlos Slim Domit, o alemão Rudolf Graf von der Schulemburg, o chinês Jainchang Yan e o malaio HH Tunku Mudzaffar bin Tunku Mustapha.

Ao longo de sua campanha, o dirigente francês prometeu reformar a FIA, criando um sistema transparente de gestão, além de reduzir os custos das competições. Todt também se comprometeu a nomear um comissário para dirigir cada uma das competições para evitar que a FIA fique sobrecarregada, além de um comitê disciplinar para investigar os possíveis escândalos.

"Tenho que tomar posse do cargo, compreender como funciona esta grande máquina, muito complexa, para estabelecer as prioridades. Mas tenho que trabalhar para unificar a FIA tanto no aspecto social como no esportivo", disse Jean Todt após vencer a eleição.

A Associação das Equipes de Fórmula 1 (Fota), que vivia uma polêmica com o presidente anterior da FIA, Max Mosley, parabenizou o francês Jean Todt pela vitória e assegurou que o diálogo das escuderias será restabelecido com a entidade máxima do automobilismo. O presidente da Fota é o italiano Luca Di Montezemolo, que foi o chefe de Jean Todt como presidente da Ferrari.

"É seguro de que, sob sua direção, a FIA se rejuvenecerá e restabelecerá um clima aberto ao diálogo e a colaboração construtiva com as equipes e com a Fota, assegurando a estabilidade dos regulamentos", afirmou Montezemolo. "Teremos de trabalhar juntos com visão de futuro a fim de aumentar a credibilidade e o interesse gerado por esse esporte, encarando os termos técnicos e ambientais", completou o italiano.

Após ser derrotado, Ari Vatanen afirmou que não espera as melhorias prometidas pelo dirigente francês na próxima gestão da FIA. "Eu realmente duvido que ele seja capaz de dar um novo começo para a FIA, mas espero estar errado", disse Vatanen.

O candidato preterido na eleição também disse que a FIA merecia algo melhor e acusou a votação de ter sido pouco transparente. Ele já havia protestado pelo apoio formal de Max Mosley a Jean Todt anunciado dias antes da votação.

"Quando as pessoas dizem três vezes que compartilham os mesmos valores democráticos que você e logo votam em outra coisa é muito decepcionante, não para mim, mas para a democracia. Talvez tenham tido medo de perder a organização de seu rali ou de sua corrida mundial. Felicito a Jean, mas a FIA já é outra coisa", disse o ex-piloto de 57 anos.

UOL

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