Palco da próxima Copa do Mundo, em 2018, a Rússia registrou mais um caso de racismo em seus estádios. Desta vez, o alvo da perseguição foi atacante brasileiro Hulk, do Zenit, no jogo do último sábado contra o Spartak Moscou, em São Petersburgo. De acordo com o jornal esportivo russo Sport Express, o chefe da comissão disciplinar da Federação Russa de Futebol, Artur Grigoryants, confirmou que uma investigação foi aberta para apurar dois episódios de imitação de macaco ocorridos durante o empate em 0 a 0 e relatados pelo delegado da partida.
À imprensa russa, Hulk disse que ouviu o barulho feito "por um grande número de pessoas" na torcida adversária e que considerou a provocação um "insulto pessoal".
Outro alvo de provocações racistas na Rússia, o zagueiro congolês Christopher Samba, do Anzhi Makhachkala, foi suspenso por dois jogos por ter respondido aos insultos da torcida do Torpedo Moscou com um gesto obsceno. A sentença foi divulgada no mesmo sábado em que Hulk sofreu com as provocações da torcida do Spartak.
Hulk convive com a intolerância racial desde que chegou à Rússia, em 2012. E o primeiro sinal de que ele iria ter problemas foi dado justamente por uma facção radical da torcida do Zenit, que não aceitou a chegada de Hulk, vindo do Porto, e do belga Axel Witsel, ex-Benfica, os dois primeiros jogadores negros da história do clube.
O Globo
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