O filme “A Locomotiva”, sobre Eurico Miranda, demorou três anos para ficar pronto. O ex-dirigente gravou diversos depoimentos, mas evitou se envolver na produção independente do cineasta Milton Alencar. Tanto que, apenas na semana passada, quando leu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o dirigente soube que o diretor é flamenguista. Tarde demais.
– Se soubesse que ele era rubro-negro não deixaria fazer o filme – disparou Eurico, ironicamente, após a exibição do filme nesta segunda-feira, na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
O ex-presidente vascaíno estava em casa na Fferj. Tanto que um trecho do filme mostra uma tumultuada reunião na entidade em que ele brada ser o dono da federação. Na cena seguinte, o presidente Rubens Lopes explica: “os clubes são os donos. Quando ele fala que é dono, ele está se referindo ao Vasco”.
Eurico se queixou da parte do filme em que aparece acusando um jornalista de só fazer perguntas idiotas. Para ele, ficou subentendido que só trata mal a imprensa. “A Locomotiva” termina com a imagem de Eurico andando por São Januário. Se sente falta do poder, ele mesmo responde:
– Sinceramente, não. Mas quem sabe não aparece um novo Eurico?
O filme será exibido novamente nesta terça-feira, às 20h, na Casa dos Poveiros, no Rio Comprido. Não há previsão para lançamento comercial.
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