Sangue, nervo e coração. Único clube paraibano a conquistar a Copa do Nordeste e 22 vezes campeão paraibano, o Campinense chega aos 109 anos sem ter motivos para comemorar e em meio a uma crise sem precedentes. O rubro-negro disputou apenas o Estadual e fez uma das piores campanhas da história, terminando na 6 colocação.
O hexacampeonato é um dos títulos que mais orgulha a torcida. No entanto, os rubro-negros não tem motivo para se orgulharem ano de 2024. O ano é para ser esquecido pela torcida.
Disputas internas, brigas judiciais, erros na contratação, e falta de planejamento contribuíram para o agravamento da crise de um dos maiores clubes da história. Para piorar a situação, o fornecimento de energia elétrica no Renatão, sede do Campinense, havia sido cortado por falta de pagamento.
Mas alguns torcedores agiram e a energia acabou sendo religada. Em um áudio, o presidente do clube, Lênin Correia, agradeceu aos torcedores por uma contribuição que permitiu que o clube quitasse uma parte do valor total da dívida.
Fundado em 12 de abril de 1915, o Campinense Clube começou como uma sociedade recreativa dançante. Dois anos depois, foi criado o departamento de esportes, mas os primeiros atletas eram em sua maioria jovens estudantes, que não tinham interesse financeiro jogando futebol. Em 1920, depois de muita confusão entre membros da diretoria e sócios, foi decidido que o departamento de futebol seria fechado.
Muitos anos depois, em 1950, o departamento de futebol foi finalmente reaberto. Depois disso, uma longa caminhada de glórias e títulos, sendo os mais memoráveis a sequência do hexacampeonato estadual, no início dos anos 60, e o título da Copa do Nordeste de 2013. Além disso, campanhas memoráveis, como o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro em 2008.
Severino Lopes
PB Agora
