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Amistoso com Brasil vira polêmica na Bolívia e pai de Kevin protesta

 A divisão da renda do amistoso entre Brasil e Bolívia, a ser realizado no próximo sábado em Santa Cruz de La Sierra, é motivo de polêmica no país andino. Ao contrário do que fora inicialmente informado pela organização e anunciado pelo próprio presidente da CBF, José Maria Marin, a família Espada deve receber apenas uma parte dos recursos. O pai do menino Kevin, morto em fevereiro em partida entre San José-BOL e Corinthians, protestou pela situação.

"A federação (boliviana) tem um grande contradição e se aproveita da boa vontade do senhor Marin. Estou muito doído pelo que querem fazer. Estão utilizando o nome do meu filho para promover o jogo", reclamou Limbert Beltrán em entrevista a meios de comunicação bolivianos. Só na última quarta, segundo o Diário Lance, a família Espada recebeu convite da Federação Boliviana para ir à partida.

 

Carlos Chávez, presidente da Federação Boliviana, é o alvo de reclamações depois de afirmar que a organização precisaria recolher uma parte dos recursos para pagar as despesas do jogo. Além disso, Chávez definiu que os jogadores bolivianos vivos e campeões da Copa América de 1963 também serão agraciados com uma pate dos recursos. Apesar de a federação ter elevado o preço dos ingressos, a chance de uma quantia significativa ser repassada à família Espada é improvável.

 

Em confronto com a Argentina na última semana, inclusive com a presença de Lionel Messi em campo, a renda obtida foi de aproximadamente R$ 1 milhão. Chávez afirmou à imprensa que, destes recursos, destinou 10% para o aluguel do estádio, 16% para impostos, 13% para os jogadores e 8% para despesas de hospedagem. Restou assim, segundo ele, o equivalente a R$ 380 mil. Por regulamento, metade desse valor deve ser repartido com os clubes, o que teria deixado menos de 20% para a federação.

 

Apesar de demonstrar preocupação pelo aumento dos ingressos e pela repercussão negativa do amistoso, a imprensa boliviana tenta promover o jogo. O jornal La Razón, no caderno esportivo Marcas, se empolgou pelas convocações de Ronaldinho, Neymar e Alexandre Pato para a partida que não terá jogadores que atuam na Europa. "Três astros em um", estampou em sua capa.

 

Entre os clubes locais, porém, também há polêmica. Algumas equipes cogitaram não ceder jogadores para o amistoso, já que não é data Fifa e ocorre de forma simultânea ao Campeonato Boliviano. Carlos Chávez, presidente da federação, ameaçou sanções. "Não se pode dizer não libero os jogadores porque não quero. A seleção não é chacota nem fraternidade", reclamou.

 

Em contato com Terra, a CBF informou por meio de sua assessoria que o jogo de sábado é conduzido pela Federação Boliviana e cabe a ela a informação os detalhes da divisão de renda. Uma partida de volta, ainda sem data e local, será agendada, provavelmente para 2014. Quando confirmou o amistoso no dia 12 de março, em um evento da Band Sports, Marin falou em "renda total" para a família de Kevin. Já no anúncio feito no site da entidade, no dia seguinte, não foi mencionado se o Brasil abriria mão de seu cachê.

 

 

Terra

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