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Professores e alunos criticam a ampliação da UFPB

Professores e alunos criticam a ampliação

As iniciativas de ampliação vêm acompanhadas de diversas falhas, destacam professores da Universidade Federal da Paraíba. Falta de um planejamento considerando a participação efetiva da comunidade acadêmica (corpo docente, alunado e funcionários) e, com isso, a inexistência de infraestrutura adequada em diversos setores da instituição. “Na pressa de apresentar números ao MEC, a UFPB se expandiu sem oferecer a devida estrutura como salas de aula confortáveis e laboratórios condizentes com a necessidades dos estudantes. Faltou planejamento para dar condições aos alunos e aos professores de desenvolverem bem suas atividades”, frisou o professor do departamento de História, Lúcio Flávio, que atuou como diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), do campus I.

Um dos casos mais perceptíveis, conforme o professor, encontra-se no Centro de Ciências Aplicadas e Educação (CCAE), no campus IV – Litoral Norte. Nas instalações funcionam onze cursos distribuídos em quatro áreas. “No campus do Litoral Norte, as condições não são minimamente necessárias para o bom desempenho acadêmico dos alunos. Essa situação leva a uma desistência, pois os estudantes ficam desestimulados. A expansão deveria ter sido mais ordenada e planejada, feita com mais responsabilidade”, dispara o professor.

Em outubro deste ano, professores, alunos e funcionários do Campus em Mamanguape e Rio Tinto fizeram uma paralisação de quase um mês. O grupo reivindicava a intervenção da direção da universidade para que houvesse melhoramentos na infra-estrutura do CCAE. O estudante José de Araújo Costa Neto, que cursa Hotelaria em Mamanguape, disse que a questão do transporte é uma das dores de cabeça dos alunos. No entanto, as queixas se estendem no que se refere à escassez de equipamentos nos laboratórios, embora estejam com a estrutura física pronta, e as constantes falta de água.

“Estamos à espera também do restaurante universitário e dos apartamentos para universitários. A falta de água frequente foi motivo de reclamação por parte dos professores. No caso dos laboratórios, desde o início do curso, não dispomos de equipamentos. Com isso, os projetos ficam emperrados e as aulas práticas, deficientes. O pessoal da primeira turma, que hoje está no oitavo período, disse que no começo era um caos”, disse o aluno do 3º período da graduação em Hotelaria.

Segundo denúncias, no campus I, obras recentes apresentam falhas, como deficiências no serviço de climatização, problemas de infiltração, como acontece no prédio do Centro de Ciências Jurídicas. “O auditório tem grande infiltração, embora seja novo, com apenas um ano de funcionamento. Outra falha está relacionada ao Decom (Departamento de Comunicação). Não há acompanhamento das obras por parte de um corpo de técnicos para monitorar o trabalho das empresas que ganharam a licitação para a reforma da UFPB”, apontou Lúcio Flávio.

De acordo com o reitor da UFPB Rômulo Polari, as obras de ampliação do Campus IV ainda estão em andamento. O projeto prevê ainda a construção do restaurante e da residência universitária. “Estamos nos esforçando para oferecer o melhor para os alunos, professores e servidores”, defendeu. Entre os cursos ofertados no campus IV estão Ciências Contábeis, Gestão de Negócios, Secretariado Executivo Bilíngue, Ecologia e Pedagogia.
 

PB Agora

com informações do JP

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