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Professores da UFPB seguem em greve, mas decidem por indicativo para findar paralisação

 Os professores da Universidade Federal da Paraíba realizaram na manhã desta sexta-feira (25) uma assembleia no auditório da reitoria do Campus I, em João Pessoa e decidiram aprovar a proposta de apresentar um indicativo ao Comando Nacional de Greve de saída unificada do movimento em todo o país.

 

Os docentes votaram assim: 149 foram favoráveis à proposta; 61 foram contrários e 10 se abstiveram. Os professores vão continuar em greve e vão marcar para os próximos dias uma nova assembleia para enviar uma proposta de data para terminar a paralisação. 

 

Assembleia em João Pessoa (Foram votadas duas propostas): 

1ª – Continuidade da greve ou saída imediata

– Continuidade – 132 votos

– Saída imediata – 94 votos

– Abstenções – 4 votos

 

2ª – Apresentação ao CNG de um indicativo de saída unificada da greve

– A favor – 149

– Contra – 61

– Abstenções – 10

>>>>> Assembleia em Bananeiras

1ª – Continuidade da greve

– A favor – 22

– Contra – 0

– Abstenções – 2

2ª – Indicativo de saída unificada

– favoráveis – 10

– Contrários – 15

– Abstenções – 0

>>>>> Assembleia em Areia

1ª – Continuidade da greve sem indicativo de saída, com proposta ao Andes de vigília em Brasília até a conclusão das negociações dia 6/10

– Favoráveis – 12

– Contrários – 3

 

– Abstenções – 0

 

Uma proposta enviada ontem, quinta-feira (24) pelo governo foi conquistada após muito debate e manifestações em Brasília que reuniram docentes e estudantes. Duas importantes reuniões de negociação foram realizadas sobre a pauta de reivindicações da greve, que já dura quase quatro meses.

 

""

 

Pela manhã, após manifestação em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a Secretaria de Relações de Trabalho (SRT-MPOG) se comprometeu a reunir com os grevistas. Pela tarde, após ocupação do gabinete do ministro da educação, Janine Ribeiro finalmente se comprometeu em receber os docentes federais.

 

""Um grupo de 16 docentes do Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN ocupou o gabinete do ministro Janine Ribeiro por volta das 13h como forma de pressioná-lo a receber a categoria – Janine é o primeiro ministro da educação que não recebeu o Sindicato Nacional em décadas. Os demais manifestantes se concentraram na porta do ministério, onde foram reprimidos pela Polícia Militar com gás de pimenta e cassetetes. O MEC enviou, então, representantes para negociar a desocupação e se dispôs a realizar uma reunião, na mesma hora, entre os manifestantes e a Secretaria de Ensino Superior (Sesu-MEC).

 

Quem participou da reunião foi Jesualdo Farias, secretário da Sesu-MEC. Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, apresentou os novos elementos de negociação dos docentes federais em greve – protocolados no próprio MEC na semana anterior. Rizzo também questionou Jesualdo sobre como as universidades federais serão afetadas pelas novas medidas de ajuste apresentadas recentemente pelo governo federal, entre as quais a suspensão de concursos públicos e o fim do abono-permanência.

 

O secretário respondeu que não tem como se posicionar sobre os elementos de negociação que incorrem em questões financeiras, pois isso é de atribuição do MPOG, e se esquivou do debate dessas pautas. Em relação aos concursos públicos, afirmou que imagina que os concursos já aprovados serão realizados, mas que isso ainda depende de reuniões com o ministro da educação e com Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo do MEC. Jesualdo disse que as medidas de ajuste e arrocho são gerais a todo o serviço público, mas que não tem certeza de como elas afetarão as universidades.

 

A reunião terminou, assim, em um impasse.  Algumas horas depois, com intermediação de uma deputada federal, Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo do MEC, se comprometeu a marcar uma reunião entre os docentes federais, estudantes e Janine Ribeiro para o dia 5 de outubro. A proposta foi aceita com a ressalva de que seria importante que a reunião acontecesse já na próxima semana, dada a gravidade da situação da educação pública federal.

 

Redação com Aduf e Andes

 

 

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