Paulo Freire e a destruição da educação

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Paulo Freire nasceu em Pernambuco no ano de 1921. Teve uma infância e adolescência de pobreza, a ponto de ter passado fome. Ainda assim, conseguiu cursar Direito e romper o ciclo da miséria. Passou a se dedicar à educação, especialmente de adultos marginalizados.

Desenvolveu um “método” que foi aplicado na alfabetização de adultos da cidade de Angicos (RN), em 1963. Contudo, com a chegada do regime militar ao poder, fugiu do país, retornando apenas 15 anos depois. Nesse tempo, viajou o mundo e divulgou seu pensamento. Faleceu em 1997 e foi declarado “patrono da Educação brasileira” em 2012.

Quais eram as bases do “método” freiriano? Freire, basicamente, defendia que a educação precisava ser contextual, dialogada, valorizadora da realidade social. Por isso, era preciso usar os vocábulos e temas comuns ao cotidiano dos alunos. Obviedades, não? Mas Freire adicionou algo singular: as palavras usadas para a alfabetização deveriam ter significado político-social.

Freire nunca negou sua filiação ao pensamento marxista. Ele queria que a educação servisse à transformação social revolucionária. Os alunos deveriam ter uma educação crítica ao capitalismo para resistir à opressão “neoliberal”. Na verdade, o “método” era uma teoria pedagógica voltada para a práxis revolucionária.

Paulo Freire defendia ser preciso “círculos de cultura” para a formação de uma consciência coletiva crítica da opressão capitalista. O objetivo da educação deveria ser uma prática contestatória. Os oprimidos deveriam libertar-se por meio de uma consciência crítica contra o capitalismo.

Freire chamava a pedagogia clássica de “educação bancária”. Para ele, uma educação que informava objetivamente os conteúdos dos currículos sem um fim de transformação social era expressão de uma ideologia opressora. Na visão de Freire, o conteúdo deveria vir da realidade social com vistas à transformação política.
Ele dizia que a pedagogia deveria servir à “revolução cultural”, à construção de um “socialismo democrático”. Freire afirmou que era necessário “a união e a rebelião” contra a “ética de mercado”. Ele chegou a dizer o absurdo que sua postura revolucionária e utópica era parte de uma “postura cristã” já que era possível ser “camarada” de Karl Marx e de Cristo.

A influência de Freire sobre a pedagogia brasileira é enorme, o que explica – em parte – o fracasso da educação do país. A substituição do conhecimento objetivo, descritivo e informativo por uma pedagogia voltada à militância política é o coração da destruição pedagógica. A teoria revolucionária de Freire representa a destruição da educação.

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