O ministro Fernando Haddad (Educação) disse nesta terça-feira que o Ministério da Educação ainda não decidiu a data para a aplicação do Enem (Ensino Nacional do Ensino Médio) aos alunos prejudicados por falhas nas provas no início do mês. Haddad disse que, antes de decidir a nova data, o governo vai analisar as 113 mil atas dos locais de aplicação das provas para ter a certeza de quantos alunos terão que repetir o exame.
Pelas estimativas do MEC, cerca de 0,1% dos alunos que compareceram ao Enem terão que refazer as provas. "Nós estamos trabalhando com aquele número, em torno de 0,1% dos estudantes que fizeram a prova. Não posso anunciar a data hoje porque dependo da Cesgranrio e do Cespe. Possivelmente [anuncio a data] esta semana ou na semana que vem. Só vamos fechar quando tivermos encerrado a leitura das atas", afirmou.
Haddad presta esclarecimentos hoje à Comissão de Educação do Senado sobre as falhas do Enem. O ministro disse que os alunos que forem refazer o exame não serão prejudicados porque a nova data das provas será negociada com os reitores de universidades de acordo com os calendários dos vestibulares –a exemplo do que ocorreu em 2009.
"No ano passado que tivemos que aplicar a prova para todo mundo, conseguimos acordar com todos os reitores uma data que não prejudicasse ninguém. Vamos fazer o mesmo esforço que fizemos no ano passado numa situação muito mais grave do que a atual."
Segundo o ministro, ainda não é possível apontar responsáveis pelas falhas na montagem do cadernos amarelo das provas do Enem uma vez que a sindicância interna do governo deve ser instalada esta semana para apurar os problemas.
"No ano passado, ninguém no Inep se furtou a prestar os esclarecimentos devidos. E sabemos hoje que não houve nenhuma participação de servidor do Inep nas ocorrências do ano passado. Antes de sacrificar um servidor, temos de dar a ele o direito de defesa, ele se explica, ele eventualmente pode até ser punido, mas de acordo com o devido processo legal em que a defesa é admitida."
CREDIBILIDADE
Apesar das falhas no Enem, Haddad disse acreditar na credibilidade do exame. "No ano passado, o número de adesões aumentou e o número de inscritos também. Ou nós entendemos o contexto que o Enem está sendo elaborado, no contexto de forte expansão da educação superior do país, ou não vamos compreender a essência do projeto.’
Ao falar para os senadores, Haddad criticou o modelo atual de vestibular adotado no país. "Qualquer erro humano ou qualquer causa natural que atrapalha o andamento do processo causa esse tipo de inquietação porque afeta muita gente. Ou vamos avançar na educação brasileira, e o vestibular é obstáculo importante na melhoria do ensino, ou vamos recuar permanecendo o único país do mundo que mantém esse sistema de avaliação.’
Folha
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