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Equipamento desenvolvido por aluno da Universidade Federal de Campina Grande minimiza desperdício de frutas

Num planeta onde de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados anualmente, sendo mais da metade na fase inicial da produção, composta pela manipulação pós-colheita e pela armazenagem. No Brasil, o segmento de frutas, legumes e verduras é líder das perdas, superando 30% do total produzido no processo de comercialização. Querendo resolver essa problemática fundamental um aluno da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) criou um equipamento de baixo custo capaz de auxiliar na automação da coleta e controle de frutos.

O sistema, fruto do Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Alimentos, campus Pombal, do aluno Fabrício Dias da Silva, sob a orientação do professor Lincoln Rodrigues, trata-se de um colorímetro de baixo custo que identifica as cores em tempo real através do sistema de cores RGB, utilizando um microcontrolador na plataforma Arduino.

No estudo, defendido em setembro passado, foi feita a correlação entre os componentes nutricionais que se alteram durante a maturação e o desenvolvimento do fruto, através da coloração da casca. O procedimento possibilita prever o estágio em que o fruto está sem danificá-lo, permitindo a destinação para um ramo específico. Por exemplo: frutos mais maduros são utilizados para doces, geleias e compotas, e frutos menos maduros vão para armazenamento. A ideia do protótipo surgiu da percepção individual do aluno quanto à ausência de instrumentação de baixo custo na área de alimentos, na qual geralmente utilizam-se equipamentos caros no processo.

“O Arduino traz essa estabilidade, que foi provada no experimento a um baixo custo operacional. O código fonte é aberto, o que permite a repetibilidade do protótipo. O equipamento ainda não está sendo comercializado, mas é um protótipo que pode ser produzido em qualquer lugar do planeta, utilizando o código fonte que é propriedade intelectual disponibilizada de forma gratuita”, disse o pesquisador.

De acordo com o desenvolvedor, o sistema pode ser utilizado em qualquer fruto. “O público beneficiado são as instituições públicas, que podem se utilizar do equipamento barato para analisar as cores, como também pequenos produtores, que podem selecionar melhor seus frutos, sem o erro do humano”, comentou.

Veja a pesquisa de Fabricio na integra:

http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21673

Da Redação com pesquisador da UFCG

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