Bolsonaro sanciona lei que permite renegociação de dívidas de estudantes com o Fies

PUBLICIDADE

Entrou em vigor nesta quarta-feira (22) a Lei 14.375/22, originada da Medida Provisória 1090/21, que autorizou a renegociação de débitos de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em contratos firmados até o segundo semestre de 2017. O texto aprovado por deputados e senadores recebeu um veto do presidente Jair Bolsonaro.

O Fies é um programa criado em 1999 por meio do qual o governo federal paga as mensalidades de estudantes de graduação em instituições privadas de ensino superior. Por se tratar de um financiamento, o estudante precisa quitar a dívida posteriormente.

Segundo a nova lei, estudantes com débitos vencidos e não pagos há mais de 90 dias na data da publicação da medida (30 de dezembro de 2021) podem ter desconto de 12% no pagamento à vista, ou parcelar o débito em 150 meses, com perdão dos juros e das multas.

Quando o débito passar de 360 dias, podem-se aplicar descontos a partir de 77%. Esse percentual pode chegar a 99% para os devedores inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Para aderir à renegociação de dívida do Fies, o estudante deve procurar os canais de atendimento a serem disponibilizados pelos agentes financeiros.

Rescisão

Caso não cumpra as regras da nova lei, cometa fraude, simulação ou dolo, ou mesmo deixe de pagar três parcelas, o estudante será excluído da transação.

Segundo o governo, o estoque de contratos até 2017 é de 2,4 milhões, com um saldo devedor total de R$ 106,9 bilhões perante os agentes financeiros exclusivos de então (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil). A taxa de inadimplência desses contratos em atraso de mais de 90 dias gira em torno de 48,8%, somando R$ 7,3 bilhões em prestações não pagas pelos financiados.

Veto

O trecho vetado estabelecia que os descontos concedidos com base no Programa Especial de Regularização Tributária não seriam computados na base de cálculo do Imposto de Renda, da CSLL e do PIS/Pasep e da Cofins. Na prática, a medida ampliaria o limite para outros descontos nesses tributos.

Na justificativa apresentada, o governo sustenta que o dispositivo “incorre em vício de inconstitucionalidade e contraria o interesse público”, já que acarreta renúncia de receita sem a devida compensação financeiro-orçamentária, como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal.

PB Agora com Agência Câmara de Notícias

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Cinquenta e sete postos de combustíveis de João Pessoa são notificados e terão que explicar aumento extemporâneo no preço do litro da gasolina

O Procon-JP notificou 57 postos de combustíveis de João Pessoa para que expliquem o aumento…

28 de abril de 2024

Polícia Militar frustra criminosos, apreende armas de fogo e recupera veículos na grande JP

A Polícia Militar frustrou uma ação de criminosos que vinham cometendo assaltos no litoral norte…

28 de abril de 2024

Litoral e Agreste da Paraíba estão sob novo alerta de chuvas intensas, segundo previsão do Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo alerta de chuvas intensas para o…

28 de abril de 2024

Sete membros de uma família são detidos por envolvimento na morte de idoso em CG

Sete pessoas de uma mesma família foram presos sob suspeita de ligação com o assassinato…

28 de abril de 2024

Colombianos são detidos por suspeita de extorsão e agressão em João Pessoa

Dois colombianos foram presos nesse sábado (27) sob suspeita de extorsão, ameaças e agressão a…

28 de abril de 2024

Mulher é detida por suspeita de esfaquear companheiro no Sertão da Paraíba

Uma mulher de 24 anos foi detida após supostamente esfaquear seu companheiro, de 34 anos,…

28 de abril de 2024