A taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, vai impactar a produção desses setores no Brasil, avaliaram especialistas em comércio exterior .
O país da América do Norte é o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos Estados Unidos.
No caso do alumínio, a dependência dos EUA é menor. O país foi o destino de 15% das exportações de alumínio do Brasil em 2023. O principal comprador do alumínio brasileiro é o Canadá, que absorveu 28% das exportações desse produto naquele ano. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
O governo brasileiro aguarda o governo dos Estados Unidos oficializar a taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio para se manifestar sobre o tema, informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil pode usar a lei da reciprocidade, aumentando as taxas de produtos estadunidenses consumidos pelo Brasil. “O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, como prometido,ontem, segunda-feira, (10/02), um aumento significativo nas tarifas sobre importações de aço e alumínio, retomando taxas que tinham sido flexibilizadas para grandes fornecedores como Canadá, México e Brasil.
A decisão, formalizada por meio de proclamações assinadas por Trump, amplia as tarifas sobre o alumínio de 10% para 25% e reimpõe a taxa de 25% sobre o aço, eliminando isenções e cotas que permitiam a entrada de milhões de toneladas desses produtos sem taxas.
Redação