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Produção de veículos puxa alta de 0,4% da indústria em fevereiro

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 Influenciado pelo setor de automóveis, a produção industrial teve alta de 0,4% em fevereiro em relação a janeiro, já levando em consideração os efeitos sazonais do mês, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de queda de 0,1% a expansão de 2,2%, e levemente abaixo da mediana, que apontava alta de 0,45%.

Em relação a fevereiro de 2013, a produção subiu 5%, a maior alta desde abril de 2013, na mesma base de comparação (8,6%). Segundo o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo, o resultado foi beneficiado por um perfil disseminado de crescimento – 21 das 27 atividades tiveram expansão nessa comparação. "Além disso, o mês de fevereiro de 2014 teve dois dias úteis a mais do que no ano passado. O efeito calendário influencia", explicou.

No ano, a produção da indústria acumula alta de 1,3%. Já em 12 meses, o avanço é de 1,1%. O IBGE ainda informou que o índice de média móvel trimestral, que aponta a tendência do indicador, registrou alta de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro, na comparação com o trimestre encerrado em janeiro.

O resultado foi influenciado sobretudo pela produção de veículos automotores, que cresceu 7% em fevereiro ante janeiro, sendo o principal impacto positivo no mês. É o segundo mês consecutivo de alta na produção de veículos, que já havia registrado expansão de 9,1% em janeiro ante dezembro de 2013. O acumulado nos dois primeiros meses do ano, segundo o IBGE, é alta de 16,8%.

Segundo reportagem do Estado desta quarta-feira, no entanto, a queda nas vendas de carros no primeiro trimestre já provoca corte de produção para os próximos meses. A maioria das montadoras tem adotado medidas de corte de produção, como férias coletivas e suspensão temporária de contrato de trabalho de parte dos funcionários.

Os resultados positivos na produção de veículos interromperam a trajetória negativa traçada pelo setor desde outubro do ano passado. No último trimestre, notou o instituto, as perdas na produção chegaram a 23,5%. Além de veículos, outras 18 atividades das 27 pesquisadas pelo IBGE tiveram incremento na produção.

Houve alta de 17,6% na produção de equipamentos e instrumentos médico-hospitalares – o segmento foi a segunda maior influência. Também houve expansão de 5,1% na produção de bebidas, o terceiro maior impacto na taxa geral.

O setor de metalurgia básica registrou expansão de 2,8% em fevereiro ante janeiro, enquanto o de máquinas e equipamentos teve crescimento de 0,6% na produção em igual período. Entre as principais influências negativas figuraram a indústria farmacêutica, com queda de 9,7%, após registrar expansão de 30,8% em janeiro, e a indústria de outros produtos químicos, com recuo de 3,1%, após queda de 2,9% no primeiro mês do ano.

Bens de capital. A produção da indústria de bens de capital subiu 0,1% em fevereiro ante janeiro. Na comparação com fevereiro de 2013, o indicador mostrou alta de 5,0%. No acumulado de janeiro e fevereiro de 2014, houve alta de 8% na produção de bens de capital. Já no acumulado em 12 meses, houve alta de 12,5%.

Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou alta de 0,5% na passagem de janeiro para fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2013, houve avanço de 7,4%. No acumulado do ano, a alta é de 1,7%, enquanto a taxa em 12 meses é nula (0%).

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de fevereiro foi de alta de 3,3% ante janeiro, e de alta de 20,9% em relação a fevereiro de 2013. Em 12 meses, o resultado é de alta de 1,3%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve redução na produção de 0,1% em janeiro e fevereiro, e avanço de 3,6% na comparação com fevereiro do ano passado. Em 12 meses, a categoria tem recuo de 0,4%.

Neste segmento, a alta de 20,9%, , além de reverter quatro meses de queda nessa comparação, é o maior desde março de 2010, quando havia crescido 25,8%. Macedo ressaltou que esse setor também foi influenciado pelo efeito calendário, além de ter exibido maior ritmo na produção.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador de produção teve aumento de 0,8% em fevereiro ante janeiro. Em relação a fevereiro do ano passado, houve avanço de 1,1%. No acumulado do ano, o instituto apontou queda de 0,8%, enquanto a taxa em 12 meses ficou em -0,1%.

Revisão. O IBGE revisou o resultado da produção industrial de janeiro ante dezembro, para alta de 3,8%. Na leitura inicial, o avanço havia sido de 2,9%.

A revisão tem relação direta com a retificação de informações originais fornecidas por informantes, principalmente da categoria de bens de capital, explicou Macedo.

"Essas revisões foram puxadas principalmente por máquinas e equipamentos", disse o gerente do IBGE. Além disso, o acréscimo da informação sobre fevereiro na série contribuiu para a revisão de grande magnitude. "Diferentemente de outros anos, não houve a ocorrência do carnaval nesse mês. Isso acaba trazendo retificação maior para o dado original, mas é algo normal", explicou Macedo.

Segundo ele, o ajuste sazonal acaba levando a uma nova ponderação dessas informações sempre que um dado é acrescentado à série.

O instituto também revisou as taxas de crescimento, para o mesmo período, de bens de capital (13,3%, de 10,0% na leitura inicial), bens intermediários (1,6%, de 1,2%), de bens de consumo duráveis (4,8%, de 3,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (1,5%, de 1,2%). 

Estadão

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