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Problemas do Panamericano não devem ocorrer em outras instituições

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Esta é a opinião de alguns economistas que já participaram do governo

 

Economistas que já participaram do governo afastaram e a possibilidade de os problemas financeiros registrados pelo Banco Panamericano estarem ocorrendo em outras instituições financeiras nacionais. "O sistema financeiro brasileiro é rígido, capitalizado", comentou o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, durante evento na Fecomercio denominado "A Participação do Brasil no G-20". "As dificuldades maiores enfrentadas pelos bancos médios e pequenos foram sanadas no fim de 2008, quando o Banco Central (BC) adotou medidas que estimularam a venda de carteiras de crédito daquelas instituições para bancos grandes", destacou o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas.

Segundo Thadeu de Freitas, o BC está agora aperfeiçoando seu sistema de fiscalização, pois está intensificando o cruzamento de informações relativas a bancos que vendem e compram ativos de crédito. "O Banco Central não falhou na questão do Banco Panamericano porque nenhum BC no mundo atua para auditar balanços que já foram auditados", afirmou. "O que seria importante, a partir de agora, é aumentar a checagem dos dados dos bancos, como o BC há vem fazendo, mas observar também o nível de provisões de cada instituição financeira para ver se há consistência nos dados apurados."

Delfim Netto também defendeu o BC no episódio envolvendo o Panamericano. "A atuação do BC foi correta. O BC não comeu bola. O problema foram outros que comeram bola", disse, sem detalhar a quem se referia. Analistas de mercado, contudo, ponderam que o controlador do banco e as empresas que auditaram suas contas nos últimos anos deveriam ter exercido um controle mais adequado sobre tais números a fim de ter evitado o rombo de R$ 2,073 bilhões.

Ambos os economistas defenderam que o Banco Central se torne, no curtíssimo prazo, o órgão fiscalizador e regulador da área de cartão de crédito. "Ora pipocas, deixem o BC trabalhar", comentou Delfim Netto, acrescentando que é a melhor instituição oficial para desempenhar tal papel. Para Carlos Thadeu de Freitas, uma das urgentes prioridades do governo Dilma no próximo ano deveria ser a atuação do BC como supervisor, fiscalizador e responsável pelas normas da área de cartão de crédito. "As empresas desse setor estão criando dinheiro, o que contribui para a expansão da base monetária. Portanto, precisam ser fiscalizadas e normatizadas pelo BC", comentou. "Não há risco de bolha de crédito, inclusive relativa aos cartões, pois os juros ainda são muito altos. Porém, a falta de regulação no curto prazo pode trazer repercussões negativas, como por exemplo um aumento da inadimplência, que ainda está em níveis bem adequados", ressaltou.
 

 

Estadão

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