Categorias: Economia

Para analistas, fusões pós-crise focam sobrevivência

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A crise financeira, que causou a quebra de bancos, fez empresas passarem do lucro ao prejuízo e derrubou a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2009, teve também efeitos visíveis no mercado de fusões e aquisições do Brasil.

Nos seis meses desde o agravamento da turbulência internacional – cujo início foi marcado pela falência do banco americano Lehman Brothers, em setembro do ano passado –, o número de negócios caiu, mas um novo padrão de fusões e aquisições foi estabelecido: mega-acordos que priorizam a sobrevivência de grandes negócios.
 

Segundo consultores entrevistados pelo G1, três grandes fusões anunciadas nos últimos meses podem ser creditadas à necessidade de sobrevivência em um mercado em crise: VCP-Aracruz, Perdigão-Sadia e, indiretamente, Itaú-Unibanco.

Para especialistas, as uniões de VCP-Aracruz e da Sadia-Perdigão foram consequência das dificuldades financeiras de uma das partes envolvidas no negócio. No ano passado, tanto a Aracruz quanto a Sadia tiveram grandes perdas com operações de câmbio que apostavam na manutenção da baixa do dólar no país.

O resultado dessas operações fez com que a Aracruz registrasse prejuízo de R$ 4,1 bilhões no ano passado. A Sadia perdeu quase R$ 2,5 bilhões, registrando o primeiro resultado negativo de seus mais de 60 anos de história.

Para o coordenador do Núcleo de Estratégia e Gestão Empresarial da Fundação Dom Cabral, Aldemir Drummond, a crise pode favorecer negócios ao criar “alvos fáceis” para as concorrentes.

 

“(É o caso de) empresas que tomaram tombos, como a Sadia (e) a Aracruz, que fizeram operações financeiras que deram errado.”

“A Sadia vinha namorando com a Perdigão, queria comprar fazia tempo, e acabou sendo obrigada a se juntar a ela. A Aracruz foi vítima do mesmo problema”, afirma o especialista em fusões e aquisições Marco Aurélio Militelli, da Militelli Business Consulting.

 

Para ele, essas duas fusões se deram por “motivos não-ortodoxos”, ou seja, a união ocorreu pela força das circunstâncias.

Para Nicholas Barbarisi, sócio e diretor de operações da Hera Investment, a fusão de Itaú-Unibanco, iniciada no ano passado, também foi acelerada pela crise, que colocou pressão sobre o setor bancário.

 

O consenso do mercado é que, com a desconfiança em nível máximo, os bancos precisavam mostrar que podiam se manter firmes durante a turbulência financeira.

globo.com

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