O Ministério Público do Trabalho (MP) de São José dos Campos, no interior de São Paulo, apresentou uma proposta à Embraer e ao Sindicato dos Metalúrgicos da região, que representa os trabalhadores, para que a empresa desista das 4,2 mil demissões anunciadas no dia 19 de fevereiro.
O procurador do Trabalho Roberto Ribeiro propôs a suspensão do dissídio coletivo e a reintegração imediata de todos os demitidos. Ainda sugeriu a formação de uma mesa de negociação com participação do sindicato, empresa e representantes do MPT, para que se encontre uma solução ao impasse.
De acordo com o MPT, a proposta foi aceita pelo aindicato, enquanto que a Embraer preferiu deixar a discussão para a ocasião da audiência de conciliação de dissídio coletivo que acontecerá na próxima quinta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas.
A empresa solicitou prazo de 20 dias para a entrega dos documentos que comprovam a necessidade das demissões, o que foi deferido pelo MPT.
Durante a audiência, o sindicato afirmou que "não foi notificado previamente das demissões, sendo que procurou a empresa por diversas ocasiões com vistas a esclarecer os boatos de desligamento, não obtendo êxito em suas tentativas".
A Embraer, por sua vez, disse que "as demissões ocorreram por necessidade de se manter operando frente ao atual cenário econômico mundial", e passa por redução nas suas receitas futuras ante o cancelamento das encomendas. Segundo os representantes da empresa, a Embraer "agiu de acordo com a legislação brasileira vigente quando das dispensas efetuadas".
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