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Ministros do G8 pressionam por estabilidade no preço do petróleo

Líderes do setor energético debateram neste domingo (24) com que preço o petróleo ativaria o investimento no setor sem ferir uma recuperação global mais ampla, no momento em que a Arábia Saudita, maior produtor mundial do gênero, prevê uma cotação chegando a até US$ 75 o barril.

 

Os ministros de energia do G8 se encontraram em Roma diante de um cenário de alta de preços que elevou o petróleo a seu pico nos últimos seis meses, o que levou atores-chave como os EUA a implorar à Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) que mantenha seu foco na estabilidade de preços.

 

A Arábia Saudita, maior e mais influente do grupo de doze membros, disse que a Opep "provavelmente manterá o rumo" quando se encontrar em Viena na quinta-feira (28), e indicou a perspectiva de um possível aumento na demanda e nos preços.

 

"A demanda vai crescer quando a economia se recuperar", disse o ministro saudita do petróleo Ali al-Naimi a jornalistas, recusando-se a especular sobre quando isso poderia ocorrer.

 

Ele tampouco quis prever quando os preços atingiriam a marca dos US$ 75 dólares, que os produtores dizem ser necessária para encorajar o investimento na nova produção a longo prazo. "Pode ser amanhã ou daqui a dez anos, mas vai acontecer, só não sei quando", disse Naimi.

 

A Agência Internacional de Energia disse que o investimento na produção de gás e petróleo vai cair 21% em 2009 por culpa da crise financeira e da desaceleração econômica decorrente.

 

Roberto Poli, presidente da companhia de petróleo italiana Eni, disse que a "média mágica" para o preço do petróleo ser alto o suficiente para incentivar investimentos sem ferir a economia é de de US$ 60 a US$ 70 o barril, enquanto Umberto Quadrino, executivo-chefe da Edison, colocou essa marca em torno de US$ 60 a US$ 80 o barril.

 

"A experiência do último ciclo de preços demonstrou que, para garantir um crescimento econômico estável, o preço não deve passar de US$ 75 o barril,"avaliou. "A instabilidade e a imprevisibilidade no preço do petróleo são os piores inimigos de qualquer plano cuidadoso para construir um futuro energético diferente."

 

O petróleo chegou esta semana a mais de US$ 60 o barril, sua maior cotação em seis meses.

 

Os ministros da Opep não devem realizar nenhuma mudança em relação ao suprimento de petróleo quando se encontrarem em Viena na semana que vem, já que os preços mais altos contêm suas preocupações com volumosos estoques e a maior queda na demanda em anos.
 

globo.com

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