Categorias: Economia

Mercado contrata, mas reduz salários e exige mais do novo funcionário

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A crise que pegou o mundo de surpresa no final do ano passado dá sinais que está ficando para trás. Com isso, o mercado de trabalho começa a ganhar fôlego novamente. Mas o abalo sofrido pela economia deixou profundas marcas. As ofertas de vagas têm salários menores e exigências maiores.

 

Depois de trabalhar 11 meses como redator numa empresa de eventos, o publicitário Ilmar Carvalho perdeu o emprego em abril. Conseguiu um novo trabalho. Mas, agora, além de redigir ele tem de cuidar do planejamento das campanhas, e por um salário menor.

“Tive uma perda mais ou menos de 20%, até um pouco mais do que isso em relação ao que ganhava na agência anterior”, diz Carvalho.

Na nova empresa onde Carvalho trabalha, também houve cortes. Eram 35 funcionários antes da crise, e agora são 25. “Teve o caso de duas pessoas que saíram com um salário ‘xis’, e na hora de repor esses profissionais a gente acabou contratando com salário mais baixo”, explica Márcia Bacci, sócia da agência.

Saldo de vagas

Os números do Ministério do Trabalho sobre emprego com carteira assinada comprovam a tendência de “saldo de vagas”.

De janeiro a maio, foram abertas mais de 500 mil vagas com remuneração de até um salário mínimo e meio, e fechados 331 mil postos de trabalho que pagavam mais do que isso. No mesmo período, desapareceram 61 mil vagas para quem tem no máximo o ensino fundamental, e surgiram 241 mil para profissionais de nível médio e superior.

Outro dado impressionante: mais de 60 mil pessoas que terminaram a faculdade foram contratadas ganhando até dois salários mínimos, menos de R$ 1 mil por mês.

 

Uma das explicações para esse movimento é a famosa lei da oferta e da procura: com menos vagas disponíveis e mais trabalhadores desempregados, aumentou o número de pessoas dispostas a conseguir um emprego com remuneração mais baixa.

Outro fator também colabora para o encolhimento dos salários, segundo o economista José Pastore: os altos encargos pagos pelas empresas na hora de contratar. “Isso faz com que a empresa pense duas vezes em começar contratando com salário alto. Ela procura contratar com salário mais baixo, e esperar que ele ganhe experiência, e aí vai aumentando”, diz Pastore.

 

 

Essa é a esperança do coordenador financeiro Eduardo Augusto de Queiroz. Em maio, ele aceitou um salário 80% menor do que tinha no emprego anterior. “Em um mês já consegui uma pequena promoção, e estou com previsão de algo mais para frente”, afirma.

A expectativa dos especialistas é que a retomada do fôlego no mercado de trabalho se torne mais visível nos próximos meses. “Eu acredito que no momento em que forem abertos os novos postos de trabalho, no segundo semestre talvez, os salários tendem a aumentar, assim como os benefícios”, diz Pastore.
 

 

G1

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