Categorias: Economia

Maioria dos brasileiros usará 13º para pagar dívida já contraída

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 A recessão que assola o Brasil está destruindo o orçamento das famílias. O 13º salário, que poderia engordar a poupança ou ser gasto em presentes de Natal, vai ser usado para o pagamento de dívidas por três em cada quatro brasileiros. É o que revela a pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). De acordo com o estudo,74% dos brasileiros pretendem utilizar o 13º para pagar contas já contraídas. No ano passado, esse percentual era 68%. “Isto demonstra que a redução da atividade econômica, o aumento das taxas de juros e a inflação mais alta elevaram o endividamento dos consumidores”, disse a Anefac, em nota.

 

Os resultados mostram ainda que 83% têm dívidas contraídas no cheque especial e no cartão de crédito e 6% dos brasileiros já solicitaram parte do 13º salário ao longo do ano ou solicitaram empréstimos a bancos para antecipar o benefício.

Esse é o caso da professora Valdenice Maria da Silva, 44, que não sabia como faria para quitar R$ 5 mil no rotativo do cartão de crédito que vencia ontem. A conta já foi bem maior, mas ela conseguiu receber antes R$ 4,8 mil do 13º e pagou uma parte. “Já antecipei as férias, uma parte do 13º. Vou tentar ligar para a minha agência para tentar outro empréstimo, mas duvido que consiga. Já estou na travessia desse deserto há muito tempo”, disse desanimada.

 

Pagamento atrasado no cartão de crédito também é o problema da auxiliar administrativa Raquel Luiza Silva, 41. Ela recebe R$ 1,2 mil e tem que pagar a conta de três cartões de crédito, cuja soma dá cerca de R$ 5 mil.“Eu tenho quatro cartões. Já paguei um. Devia R$ 1.780,00, mas negociei com a operadora e consegui reduzir para R$ 300. Minha mãe morreu há dois anos e precisei levantar R$ 14 mil para pagar o inventário e imposto da casa. Foi a partir daí que tudo desandou”, contou.

 

Felipe Chad, sócio da DXI Planejamento Financeiro, explica que a dívida do cartão de crédito é a pior. Cobra juros de 13,58% ao mês e 361,40% ao ano. “E como não tem almoço grátis, se você consegue negociar e reduzir a dívida com o banco, é bem provável que, se precisar de crédito no futuro, não consiga naquela instituição”, alertou. Mesmo assim, ele recomenda negociar a dívida e, de preferência, trocá-la por crédito consignado que cobra juros menores, no caso de não conseguir quitar o total devido. “O consignado é mais barato, mas consome direto na fonte, ou seja, é descontado direto do seu salário”, advertiu.

 

Redação com Anefac

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