A crise econômica e política preocupa os cinco maiores bancos do Brasil e o cenário futuro não é promissor. A expectativa é de que as empresas irão à falência e que o desemprego irá crescer.
A reportagem da Folha de S. Paulo, destaca que os grandes bancos separaram R$ 148 bilhões em seus balanços para cobrir os calotes que levaram em 2015 e mais os que temem levar neste ano.
Desse total, cerca de R$ 23 bilhões foram provisionados só para cobrir a possível inadimplência de clientes que hoje pagam em dia.
Segundo a publicação, os bancos calculam que o agravamento da recessão fará com que eles deixem de honrar seus compromissos.
A consultoria Austin Asis fez um levamento e aponta que esse número é quase o dobro do que foi provisionado em 2014. Os números refletem a descrença em uma saída possível para a crise econômica, com a consequente degradação da capacidade de pagamento de pessoas e empresas.
Grandes bancos
A reportagem tentou contato com o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander, nenhum quis falar sobre o tema. Porém, sob condição de anonimato, executivos contaram que o reforço foi para arcar, principalmente, com calotes potenciais de grandes empresas. Até então, a inadimplência era de pessoas físicas e firmas pequenas e médias.
"O provisionamento extra é recorde e reflete a deterioração da economia", ressaltou Luis Miguel Santacreu, da Austin Asis. "Tivemos dois anos consecutivos de queda de PIB e os bancos se preparam para mais retrações".
A agência Fitch Ratings, que monitora a carteira de crédito dos principais bancos, também avaliou o mesmo cenário. "O PIB deve cair de novo, em torno de 4,5%", diz Claudio Gallina, responsável pela equipe de instituições financeiras no Brasil da Fitch. "É muito alta a expectativa de pedidos de recuperação judicial."
A publicação destaca que apenas de 2014 para 2015, os pedidos de recuperação saltaram de 828 para 1.256 (a maioria pequenas e médias empresas), segundo dados da Serasa Experian.
Segundo analistas financeiros, os grandes bancos devem perder muito dinheiro, mas não correm risco de quebrar. Gallina, da Fitch, explica que mesmo que o pior cenário se confirme, com uso total das provisões e até dos lucros, as grandes instituições teriam ainda R$ 150 bilhões (capital próprio) para colocar no sistema.
Santacreu, da Austin Asis, acredita que a ameaça é maior para os bancos de médio porte. Muitas dessas instituições têm poucas alternativas para captar recursos a preços razoáveis e perderam rentabilidade para continuar emprestando e fazer provisões contra calotes.
A Folha refere que o agravamento da crise exigirá que os bancos "apertem ainda mais o cinto, talvez a um ponto que não consigam mais suportar".
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