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Endividamento do paraibano diminui em fevereiro, diz Instituto Fecomércio

O nível de endividamento do paraibano caiu 2,28% em fevereiro deste ano, em relação ao mês anterior. Essa é uma das conclusões do levantamento
realizado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP) para diagnosticar o nível de endividamento e inadimplência
dos consumidores da região metropolitana de João Pessoa.

Segundo o Instituto Fecomércio 76,96% dos entrevistados possuem algum tipo de dívida voluntária, ou seja, dívidas com parcelamentos de cartão de
crédito, carnê, cheque pré-datado, empréstimos pessoais, entre outros.

Essa é a terceira redução consecutiva percebida no item endividamento. "Os consumidores estão evitando contrair novas dívidas, principalmente, por
causa das incertezas geradas pela crise financeira mundial", justificou o presidente da Fecomércio, Marconi Medeiros.

A média de comprometimento da renda dos entrevistados com dívidas, em fevereiro, foi de 46,44%. O percentual foi de 47,15% em janeiro de 2009 e
47,36% em dezembro de 2008. “O comprometimento ideal não deve ultrapassar 30% do salário do trabalhador”, explica a economista e responsável pela
pesquisa Ivonice Marques.

Os consumidores entrevistados que ganham de quatro a sete salários mínimos apresentaram o maior nível de endividamento, registrando 83,78%. As
pessoas com idade entre 18 e 25 anos têm o maior nível de comprometimento de renda: 78,57%. Na avaliação por sexo, o percentual de endividamento dos
homens(77,84%) foi superior ao das mulheres (76,36%).

Inadimplência
Em relação à inadimplência, 24,25% dos endividados afirmaram possuir alguma conta em atraso. O percentual é 5,43% maior que o resultado de
janeiro de 2009, quando os inadimplentes atingiram a marca de 18,82%.

Quanto ao desejo de quitar as dívidas, 62,96% dos consumidores inadimplentes manifestaram a intenção de pagar totalmente ou parcialmente
a dívida em 90 dias. Esse resultado foi 15,47% inferior ao percebido em janeiro. Os principais motivos alegados pelos consumidores para justificar
a inadimplência foram: a falta de planejamento nos gastos domésticos (41,98%), inflação (14,81%) e desemprego (8,64%). É importante ressaltar
que dos consumidores que citaram a inflação como principal motivo da inadimplência, a maior parte é composta por pessoas que ganham até dois
salários mínimos (R$930,00). Eles também disseram que a alta dos preços dos alimentos comprometeu o orçamento doméstico.

Metodologia
A pesquisa ouviu 440 consumidores da Região Metropolitana de João Pessoa nas duas primeiras semanas do mês. O levantamento é mensal e tem o
objetivo de identificar o nível de endividamento e inadimplência do consumidor, além de detectar o percentual de comprometimento de renda com
dívidas.
 

 

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