Categorias: Economia

Em outubro, ouro volta a ser o melhor investimento do país

PUBLICIDADE

Depois de três meses seguidos como melhor investimento, chegou a hora do Ibovespa fazer uma pausa – resta saber se para recuperar o fôlego ou reverter tendência. Em outubro, quem roubou o posto de melhor alternativa de investimento foi o ouro: o grama da commodity negociada na BM&F acumulou alta de 2,6% no mês. Pouco difundido no Brasil, porém atraente em cenários de maior aversão a risco e preferência pela preservação do capital, o investimento em ouro ganhou espaço em um mercado mais receoso e menos propenso ao risco – em clima de "esperar para ver".

Dentro das alternativas de renda fixa, a aplicação em CDBs pré-fixados de 30 dias garantiu retorno nominal médio de 0,69% em outubro, mesma marca do benchmark CDI. Já a tradicional caderneta de poupança, que pode ter seus rendimentos tributados em determinadas carteiras superiores a R$ 50 mil a partir de 2010, apresentou retorno de 0,5% em termos nominais, ou de 0,45% quando considerada a variação de 0,05% do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) no período.

Por fim, o investimento em dólar – aqui acompanhado pela variação da Ptax – não se mostrou vantajoso em outubro: o retorno nominal desta aplicação foi negativo em 1,92%.

Pare e pense

A primeira semana de outubro dava pinta de que teríamos mais um mês de forte alta das bolsas: o Ibovespa e os principais índices de Wall Street davam continuidade ao rali dos últimos meses e renovavam as máximas do ano. Mas as semanas se passaram e o mercado finalmente imprimiu uma pausa no forte ritmo de recuperação dos preços dos ativos de risco.

Um olhar mais geral para a agenda de indicadores econômicos e para os números trazidos pela temporada de resultados corporativos traz disparidade, o que não foi novidade.

Nos EUA, o dado cru do PIB norte-americano do terceiro trimestre agradou, já que veio acima das projeções. Mas não deixou de carregar desconfiança. Quando tirados os estímulos monetários e fiscais implementados durante a crise, a maior economia do mundo terá força para manter um ritmo de recuperação convincente?

O próprio "quando" voltou a preocupar, já que a Noruega se tornou o terceiro país (além de Israel e Austrália) a subir seu juro básico.

No setor financeiro, os grandes bancos trouxeram resultados relativamente positivos. Não foi daí que veio a preocupação… a quantidade de bancos (leia-se bancos regionais, de pequeno porte) que fecharam as portas nos EUA em 2009 já passa de 100 instituições. Para tentar botar ordem, o Federal Reserve e o Tesouro concretizaram a promessa de regulação, apresentando propostas que envolvem condução de falências, maneiras de o Estado socorrer instituições com problemas, proteção do contribuinte, limitação dos poderes emergenciais do Fed e da FDIC (agência que garante os depósitos nos EUA) e maior poder de supervisão e regulação do governo em relação aos bancos "too big to fail".

No último pregão do mês, veio o CIT apimentar o noticiário em torno do setor financeiro com sua iminente falência. A onda de rumores de que a reestruturação de sua dívida, que contou com linha de crédito em US$ 1 bilhão do megainvestidor Carl Icahn, levou o VIX (Volatility Index) à maior variação diária em um ano – boa amostra de como o sentimento geral dos mercados evoluiu desde a eufórica primeira semana.

A bolsa brasileira teve ainda que lidar com a volta da taxação do capital estrangeiro destinado a renda fixa e variável pelo IOF. Alguns elogiaram a medida na teoria, por afastar a formação de uma bolha nos ativos domésticos, mas na prática a reação foi outra.

CCR e Rossi nos extremos do Ibovespa

Para exemplificar a pressão negativa sofrida pelas ações de empresas que realizaram follow-ons em outubro, a Rossi (RSID3) fechou o mês com o pior desempenho dentre os papéis que compõem a carteira teórica do Ibovespa. Mas mesmo com a queda de 17,26% de outubro, a ação ordinária da Rossi ainda é a segunda mais valorizada de 2009 do índice, perdendo somente pra MMX (MMXM3, +317%).

Mas para mostrar que esta tendência não foi generalizada, a CCR (CCRO3), que também ofertou ações na bolsa no mês, teve a melhor performance do Ibovespa, subindo 14,81% em outubro.
 

UOL

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Vasco e Corinthians se reencontram para decidir a Copa do Brasil; vencedor levará R$ 77 milhões

O torneio mais democrático - e milionário - do país chega ao fim neste domingo…

21 de dezembro de 2025

Natal no Centro Histórico: Projeções mapeadas na Catedral atraem moradores e turistas

O Centro Histórico de João Pessoa está recebendo uma programação especial de fim de ano…

21 de dezembro de 2025

“A dor é grande” afirma prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena sobre falecimento do vereador Edmilson Soares

Através das suas redes sociais, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, afirmou que a…

21 de dezembro de 2025

Supremo Tribunal Federal nega liminar e mantém cassação de André Coutinho em Cabedelo

Na noite desta sexta-feira (19), o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de liminar…

20 de dezembro de 2025

Carro-forte capota e quatro seguranças ficam feridos no Litoral Sul da Paraíba; veículo transportava 30 malotes de dinheiro

Na manhã deste sábado (20), um veículo do tipo carro-forte capotou entre os municípios de…

20 de dezembro de 2025

Família confirma falecimento do vereador Edmilson Soares; parlamentar estava internado e apresentava quadro ‘irreversível’

Faleceu na madrugada deste domingo o vereador de João Pessoa e ex-deputado estadual Tanilson Soares.…

20 de dezembro de 2025