Pressionado pelo aumento da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – ficou em 0,83% em maio, 0,52 ponto percentual acima da taxa de 0,31% registrada em abril, conforme divulgou recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para avaliar esse cenário e o impacto econômico na vida dos brasileiros e em especial dos paraibanos, o economista Francisco Barros avaliou os dados.
“Foi o maior resultado para um mês de maio desde 1996 (1,22%). O acumulado no ano foi de 3,22%, e o dos últimos 12 meses, de 8,06%, acima dos 6,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores”, informou o IBGE. A disparada deixa a inflação acumulada em 12 meses muito acima do teto da meta do governo para o ano – o centro da meta é de 3,75% em 2021, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Segundo o economista Francisco Barros os dados representam um impacto negativo para a população, em especial, a de classes mais baixas. “É uma notícia ruim e para a população mais pobre é pior porque ganham menos. O salário é comprometido com os produtos básicos, alimentação e, também a energia elétrica que está pesando”, reforça. O economista destaca que o mais pobre “não tem mecanismo para se defender da inflação e, com isso, perde renda”. “Sem falar daqueles que perderam seus empregos e os que são trabalhadores informais”, comentou.
Redação
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