A cotação do dólar comercial encerrou esta segunda-feira em queda de 0,96%, a R$ 1,762 na venda, completando o segundo dia consecutivo de perdas. No ano, a moeda acumula desvalorização de 24,47%.
O Banco Central comprou dólares no mercado à vista e a taxa aceita para a operação ficou em R$ 1,7735 .
Segundo avaliação de analistas, o mercado trabalha com a expectativa de anúncios de novas operações que atraiam dólares para o país, como emissões de dívida e ofertas de ações. "A tendência de entrar dinheiro permanece", disse Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da corretora Finabank.
No fim de semana, o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, Nicolas Eyzaguirre, alertou que o país precisará administrar o apetite cada vez maior dos investidores devido à "solidez de sua economia".
Nesta semana, as operações já anunciadas devem confirmar a entrada de mais recursos. As units do Santander Brasil, cuja oferta pode alcançar R$ 15,6 bilhões e se tornar a maior do mundo neste ano, estreiam na Bovespa na quarta-feira e têm recebido uma forte demanda, segundo fontes de mercado.
Entre as outras operações desta semana estão a oferta de ações da Gol, cuja reserva vai até terça-feira e pode chegar a R$ 1,63 bilhão, e a oferta de ações da Brookfield, cuja reserva começa na sexta-feira e pode ficar perto de R$ 500 milhões.
Entre as principais notícias do dia, pela primeira vez desde março, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central projetaram alta para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano. A expectativa é que a economia cresça 0,01%.
O Brasil se comprometeu a comprar bônus do FMI (Fundo Monetário Internacional) no valor de US$ 10 bilhões, o que coloca o país como credor da instituição pela primeira vez na história.
UOL