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Dívida pública sobe 1,87%, para R$ 3,4 tri

 

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, avançou 1,87% em agosto, para R$ 3,4 trilhões, informou nesta segunda-feira (25) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em julho, a dívida estava em R$ 3,34 trilhões.

 

O aumento está relacionado à emissão de títulos públicos, que no mês passado ficou R$ 33 bilhões acima do volume de resgates, e também às despesas do governo com o pagamento de juros, que totalizaram R$ 29,61 bilhões em agosto.

 

A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para cobrir os gastos que ficam acima da arrecadação com impostos e contribuições.

 

Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como dívida externa.

 

Em 2016, a dívida pública registrou crescimento de 11,42%, para R$ 3,11 trilhões.

 

Programação para 2017

Para este ano, a expectativa do Tesouro Nacional é de novo aumento na dívida pública. A programação da instituição prevê que ela pode chegar aos R$ 3,65 trilhões no fim de 2017.

 

Se isso se confirmar, a alta da dívida, neste ano, será de R$ 538 bilhões, aumento 17,28% em relação ao fechamento de 2016.

 

O patamar de R$ 3,65 trilhões é o máximo previsto para a dívida interna e externa. Portanto, o crescimento pode ser menor. Estimativas do Tesouro apontam que a alta pode ficar em R$ 338 bilhões e, neste caso, a dívida chegaria ao final de 2017 em R$ 3,45 trilhões, elevação de 10,86%.

 

Dívidas interna e externa

No caso da dívida interna, informou o Tesouro Nacional, foi registrado um aumento de 1,91% em agosto, para R$ 3,28 trilhões. Neste caso, a alta foi de R$ 62 bilhões.
A dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou um crescimento de 1% no mês passado, para R$ 117,5 bilhões. A alta da dívida externa foi de R$ 1,1 bilhão em agosto.

 

Compradores

Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna recuou em agosto. Em julho, os não residentes detinham 12,83% do total da dívida interna (R$ 413 bilhões). No fechamento de agosto, detinham 12,66%, o equivalente a R$ 416 bilhões.

 

Mesmo assim, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás dos fundos de investimento (R$ 827 bilhões, ou 25,18% do total), dos fundos de previdência (R$ 815 bilhões em agosto, ou 24,83% do total); e das instituições financeiras (22,37% do total, ou R$ 735 bilhões).

 

Perfil da dívida

Em agosto deste ano, o percentual de papéis prefixados somou 35,77% do total, ou R$ 1,17 trilhão, contra 35,18% em julho (R$ 1,13 trilhão). Os números foram calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial".

 

Já os títulos atrelados à taxa Selic, chamados de pós-fixados, por sua vez, tiveram aumento no mês passado. Em julho, representaram 33% do total (R$ 1,06 trilhao), recuando para 30,44% em agosto (ou R$ 1 trilhão).

 

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação), por sua vez, somou 30,7% em agosto deste ano, o equivalente a R$ 1 trilhão, contra 31,3% em julho (R$ 1 trilhão).

 

Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 3% do total em agosto, ou R$ 100 bilhões, contra 0,45% em julho deste ano, ou R$ 14,4 bilhões. A variação da dívida em dólar está relacionada às operações com contratos de "swap cambial", administradas pelo Banco Central.

 

 

G1

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