O desemprego atingiu 651 mil trabalhadores nos Estados Unidos em fevereiro, elevando a taxa de desocupação para 8,1%, o maior índice desde dezembro de 1983, segundo cifras oficiais publicadas nesta sexta-feira.
Desde o início da recessão, em dezembro de 2007, a economia norte-americana já perdeu 4,4 milhões de empregos, sendo mais da metade nos últimos quatro meses.
Embora as metodologias sejam diferentes, isso praticamente iguala a taxa dos EUA à do Brasil, onde o desemprego foi de 8,2% em janeiro.
A queda da mão-de-obra anunciada pelo departamento do Trabalho está dentro das previsões dos analistas, que esperavam uma redução de cerca de 650 mil postos.
Em números absolutos, trata-se do maior aumento mensal verificado desde 1949. Os cortes foram verificados em quase todos as áreas, exceto nos setores de educação, saúde e administração pública.
Mas o departamento do Trabalhou revisou dados antes mostrando que o desemprego foi mais forte do que divulgado inicialmente. Em janeiro, foram 655 mil cortes, e não os 598 mil anunciados. Em dezembro, 681 mil perderam o emprego, e não 577 mil.
O aumento no desemprego reflete a situação da economia do país, que atravessa uma grave recessão.
O próprio Banco Central americano, o Fed, avaliou que a atividade econômica se "deteriorou ainda mais" em fevereiro.
As maiores montadoras do país, por exemplo, registraram quedas de até 53% nas sua vendas em fevereiro. A General Motors e a Chrysler receberam um total de US$ 17,4 bilhões em ajuda do governo.
Os cortes de fevereiro ocorreram de maneira bastante generalizada, com apenas as áreas de governo, educação e serviços de saúde registrando aumento no número de postos de emprego.
O setor de manufaturas cortou 168 mil postos em fevereiro, após ter eliminado outros 257 mil no mês anterior. O setor de construção perderam 104 mil empregos em fevereiro, após queda de 118 mil em janeiro. O setor de serviços reduziu 375 mil postos, após baixa de 276 mil em janeiro.
Reuters