Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória que altera regras para o saque do FGTS e permite a liberação de até R$ 500 por brasileiro a partir de agosto.
No entanto, parlamentares que deverão avaliar a MP e transformá-la (ou não) em lei já planejam alterações no texto do governo, incluindo um possível aumento no limite do saque.
Segundo reportagem do jornal O Globo, mesmo em recesso, deputados já estudam mudanças no texto da MP. José Nelto (Podemos-GO), por exemplo, diz que o limite de saque deveria subir para R$ 1.000.
“Quinhentos reais é um valor irrisório. Um valor que você não vai refrescar nada na economia”, justificou o deputado. Elmar Nascimento (DEM-BA) também diz que o aumento do limite está na pauta dos parlamentares.
No entanto, o congressista prega cautela. “Vamos analisar as consequências, para não incorrer em erro”, disse. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) acha que o valor de R$ 500 não deve ser alterado, mas outros pontos da MP, talvez.
“Acho que está correto [o limite de saque]. Valor limitado e preocupado com baixo crescimento do Brasil este ano. O governo vai ter um bom tempo para mostrar que foi no limite. Mas precisa pensar uma reforma profunda no FGTS”, afirmou.
Criticado por definir o teto do saque em R$ 500, Bolsonaro declarou nesta semana que o governo fez “o que foi possível”. “Se achar que é pouco [500], é só não retirar”, disse o presidente.
Já nesta sexta-feira (26), Bolsonaro disse a jornalistas que não acredita que haverá aumento no limite do saque depois que a MP passar pelo Congresso, e que o valor de R$ 500 foi calculado para garantir recursos ao programa Minha Casa Minha Vida.
“Acho difícil eles tomarem medida nesse sentido [de aumentar limite do saque], mas têm todo o direito de tomar”, disse. “Se bota na ponta do lápis, eles falarem que não será atingido a construção de casas populares no Brasil, não tem problema.”
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