O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (14), durante entrevista coletiva em Florianópolis (SC), que parte da oposição que critica as recentes mudanças na poupança estava com Fernando Collor de Melo na época em que o então presidente determinou o confisco da poupança. Atualmente, Collor é senador pelo PTB-AL e integra a base de apoio ao governo no Congresso.
Ao ser questionado sobre as críticas em relação à mudança, ele disse: "Primeiro é importante lembrar que essa parte da oposição que critica estava com o Collor em 1989. E, segundo, nós não mexemos na poupança. 99% dos poupadores ficarão como estão", disse Lula, após participar da abertura da 9ª Conferência Global Sobre Viagens e Turismo.
"O que eles queriam era que fizéssemos o que eles fizeram. Como não fizemos, eles criticam. Tenho muita pena de um país que tem oposição que perdeu o discurso", completou.
O presidente voltou a dizer que a poupança é para pequenos poupadores e que investimentos maiores devem ser feitos no setor produtivo, como na compra de imóveis.
Na quarta (13), a equipe econômica do governo anunciou que contas de poupança com valor acima de R$ 50 mil poderão ser tributadas.
"Não podemos permitir que a poupança vire fundo de investimento. (…) A poupança tem o endereço certo que é financiar saneamento e habitação popular nesse país."
Gripe
Questionado por um jornalista estrangeiro sobre os efeitos da nova gripe, Lula disse que recebe relatórios diários sobre a doença e que o governo "agiu rapidamente". "Temos um controle rígido nos aeroportos e vamos continuar."
Enchentes no Norte e Nordeste
O presidente afirmou que aguarda uma resposta do Congresso Nacional sobre pedido de R$ 1 bilhão para ajudar as vítimas das enchentes no Norte e Nordeste do país.
"Alguém provocou a ira de São Pedro e eles resolver desaguar a água do ano todo em alguns meses", brincou.
G1