Categorias: Economia

Crédito para casa própria crescerá 60% neste ano, diz superintendente da Caixa

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A decisão do governo federal de incentivar o crédito imobiliário fará com que a liberação de financiamentos para a casa própria cresça mais de 60% em 2009 apesar da crise econômica mundial, de acordo com a superintendente de habitação da Caixa Econômica Federal, Bernadete Coury.

O valor total financiado passará de R$ 23,3 bilhões, em 2008, para R$ 38 bilhões neste ano. “Em 2009, no dia 13 de agosto, nós já tínhamos batido o ano passado”, diz a superintendente, lembrando que o crescimento do setor ocorre há muitos anos. “Em 2003, a Caixa fez empréstimo de crédito imobiliário de R$ 5 bilhões.”

De acordo com Bernadete, a Caixa seguiu um direcionamento do governo ao aumentar a oferta de crédito e reduzir taxas de juros durante a crise. Ela lembra também que, historicamente, a Caixa atende principalmente a baixa renda. Cerca de 60% dos financiamentos liberados são para famílias que ganham até cinco salários mínimos por mês.

 

Entretanto, ela lembra que a instituição oferece crédito para qualquer faixa de renda. “A gente financia imóveis de R$ 30 mil, R$ 40 mil, mas financiamos também os de R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão”, diz.

Linhas de financiamento

Sobre as linhas oferecidas pela Caixa Econômica Federal, a superintendente diz que existem duas fontes de financiamento: com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para famílias que ganham até dez salários mínimos; e com dinheiro da poupança, para todas as faixas de renda.

A linha do FGTS costuma ser mais barata, pois o custo da captação do dinheiro é menor. Isso porque o Fundo tem remuneração de 3% ao ano, mais Taxa Referencial (TR), enquanto a poupança tem remuneração de 6% ao ano, mais TR.

Segundo a superintendente, como o financiamento com recurso do FGTS é direcionado à baixa renda, o banco que usar esse dinheiro precisa oferecer uma taxa fixa. Para recursos da poupança, o juro pode variar – nessa linha, diz ela,a Caixa reduziu as taxas entre 0,5 a 1,5 ponto percentual ao ano.

O cálculo da taxa de juros cobrada do consumidor, segundo Bernadete, leva em consideração os riscos oferecidos por cada operação. Por isso, diz ela, a instituição tem conseguido reduzir significativamente as taxas cobradas em convênios de crédito consignado, principalmente no setor público. “Tem muito menos perigo de inadimplência”, explica.

 

Inadimplência

Apesar de os bancos terem de se prevenir de eventuais perdas, Bernadete Coury afirma que a taxa de inadimplência em crédito imobiliário no país é baixa, em torno de 2%. “[Por isso], reduzimos muito nosso spread no ano passado.”

Segundo ela, o brasileiro é cuidadoso ao financiar o imóvel. O mutuário que usa os recursos da poupança usa uma entrada, em média, de 50% do valor da casa ou apartamento. Entre as famílias de baixa renda, o crédito é geralmente de 70% do valor do imóvel. “Mesmo famílias de até dez salários mínimos colocam algum recurso próprio, embora tenham a possibilidade de financiar 100%”, diz.

Quanto à renda necessária para adquirir um imóvel, a superintendente diz que, geralmente, não se permite que a prestação supere 30% do salário do tomador do empréstimo. “Geralmente, fica entre 20% e 30%. Mas também depende dos hábitos de consumo. A gente tem um sistema bastante avançado que permite apurar a capacidade de pagamento [de cada cliente].”

G1

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