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Consumo de energia fica estável em abril

O consumo industrial de energia na Região Sudeste atingiu em abril o pior nível desde 2004. O mau desempenho da indústria, principalmente nos segmentos de mineração e metalurgia, foi responsável por uma queda de 0,4% no consumo nacional de eletricidade no mês. Segundo avaliação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), porém, o dado indica estabilização do indicador, que acumula queda de 2,4% no ano.

De acordo com a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada ontem pela EPE, o mercado brasileiro consumiu 32.162 gigawatts-hora (GWh) em abril. O volume é 0,4% menor do que o apurado no mesmo período do ano anterior, mas representa um aumento de 1% em relação a março. O desempenho foi assegurado pelos mercados residencial e comercial, que cresceram 8,9% e 8,5% em relação a abril de 2008, respectivamente.

O dado, porém, pode embutir um efeito estatístico, uma vez que o consumo de abril do ano passado foi menor do que o habitual, em virtude de temperaturas abaixo da média histórica. Mesmo assim, diz a EPE, o consumo nos dois segmentos tem crescido por meses seguidos, o que indica uma maior resistência à crise econômica. No acumulado do ano, o consumo residencial cresceu 6,6% e o comercial, 6,1%.

Já o consumo industrial caiu 8,9% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No ano, acumula queda de 11,6%, resultado puxado pelo péssimo desempenho dos consumidores livres, que não são clientes de distribuidoras, segmento que concentra indústrias de grande porte.

Segundo a EPE, apenas na Região Sudeste, a queda foi de 15% no quadrimestre. "As reduções mais acentuadas têm ocorrido no Espírito Santos e em Minas Gerais, onde há forte presença de indústrias de grande porte ligadas ao ramo metalúrgico e de mineração, ambos voltados primordialmente para o mercado externo", dizem os técnicos da entidade.

No Espírito Santo, a queda no consumo industrial de energia elétrica acumula 36,6% no ano. Em Minas Gerais, a retração é de 19,3%. São Paulo também verificou recuo, mas apresentou o melhor desempenho da região (queda de 6,9%), de acordo com a EPE, por conta de "ter um parque industrial mais diversificado e mais voltado para o atendimento da demanda doméstica".

Fora o Sudeste, todas as outras regiões tiveram alta no consumo de energia em abril – com destaque para o Centro-Oeste (alta de 5,5%). As indústrias das Regiões Nordeste e Sul também apresentaram um mau desempenho no período, com quedas de 9,3% e 6,4%, respectivamente.

 

Estadão

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