O volume de serviços prestados na Paraíba teve queda recorde de 19,2% em abril, na comparação com março, com perdas generalizadas em todas as atividades, segundo dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviço (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa redução foi o pior resultado da série histórica, iniciada em janeiro de 2011. Conforme o estudo, apenas em janeiro, o setor obteve alta de 0,4% no Estado. Porém, a partir de fevereiro, o volume de serviços caiu.
O levantamento do IBGE demonstrou que o índice estadual ficou bem abaixo da média nacional, de -11,7%. Esta também foi a terceira retração consecutiva no setor paraibano que já havia recuado 2,8% em fevereiro e 5,7% em março. Nos meses de abril e maio, os resultados do órgão apontam para a forte influência das medidas de isolamento social, estabelecidas em todo o país, para conter o contágio pelo novo coronavírus (covid-19). No entanto, a Pesquisa Mensal de Serviços destacou ainda que os efeitos da pandemia não foram sentidos pelo setor apenas na Paraíba, pois as reduções no volume de serviços foram observadas em quase todo o Brasil, com quedas nos indicadores em 26 das 27 unidades da Federação.
O Mato Grosso foi o único Estado que apresentou variação positiva, de 9%, por causa do aumento do transporte ferroviário de cargas, para escoamento da produção de grãos, e pelo peso do setor de transportes na região. A receita nominal arrecadada pelo setor de serviços paraibano também apresentou forte redução no mês pesquisado, de 19,3%, de acordo com a PMS do IBGE. Este foi o 8º pior resultado entre os estados brasileiros, maior do que a média nacional, de 12,9%. Também foi a terceira redução seguida no índice na Paraíba. Com relação ao acumulado dos últimos 12 meses, o volume de serviços apresenta variação negativa de 1,1%, ao passo que a receita nominal variou 0,6%. Os dados nacionais demonstraram os índices de -0,6% para o volume de serviços e de 2,3% para a receita.
Redação
