A economia americana está pior do que se imaginava. O consumo caiu ainda mais. As pessoas guardam o pouco dinheiro que têm. A roda não gira. A máquina está parando – e o tempo, passando.
É americano comprando menos, poupando mais, e com a renda pessoal crescendo bem abaixo do que o governo queria. Em um país que estimula os gastos, o consumo caiu 1% no mês de dezembro, outro sinal de desaceleração da economia.
Os americanos, considerados o povo que mais consome no mundo, preferiram guardar dinheiro, para preocupação do governo. A poupança pessoal subiu 1,7%, o maior crescimento desde 2004. O quadro só se agrava com novos cortes no comércio.
A loja de departamentos Macys, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, também anunciou que vai demitir sete mil funcionários. As demissões e os números negativos indicam de novo que o país está longe de conseguir fazer o caminho de volta, rumo ao crescimento.
As esperanças continuam depositadas no novo pacote de US$ 819 bilhões que Barack Obama espera que seja aprovado no Senado. O pacote já passou pela Câmara, mas sem um único voto republicano. A medida continua dividindo opiniões até dentro do próprio partido do presidente, por isso, o esforço de Obama é redobrado. Ele não se cansa de repetir o mesmo discurso na tentativa de vencer a resistência.
Ontem à noite, Obama se reuniu com líderes democratas do Congresso, na Casa Branca. Os congressistas garantiram que estão no caminho para conseguir a versão final do pacote que deverá ser votado em duas semanas.
Mais cedo, o presidente já havia se reunido com o governador de Vermont, o republicano Jim Douglas, e dito que espera a aprovação do estímulo para levar a América de volta aos trilhos, longe do buraco em que o país se encontra atualmente.
Obama deve anunciar hoje o novo secretário de comércio, Judd Gregg, um republicano que pode ganhar pontos na oposição para que o governo não saia derrotado no Senado.
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