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Com crise, total de desempregados passa de 2 milhões, diz IBGE

O mercado de trabalho sofreu ainda mais com os efeitos da crise em março e o aumento do desemprego se intensificou, principalmente na indústria. O resultado é que, pela primeira vez desde setembro de 2007, o contingente de desempregados ultrapassou 2 milhões de trabalhadores nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) –São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Para o coordenador da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), Cimar Azeredo, o mercado de trabalho piorou e está mais difícil encontrar emprego, à medida em que os postos vão sendo fechados com a crise.

"Está difícil para o trabalhador encontrar emprego, porque não se tem um mercado de trabalho gerando postos de trabalho. Um mercado que não gera postos aumenta a fila da desocupação", afirmou.

A taxa de desemprego do país ficou em 9% em março, maior alta desde setembro de 2007. A queda no nível de emprego no mês passado foi puxada pela indústria, cuja taxa de desocupação subiu dos 5,4%, em fevereiro, para 6,1% em março. Trata-se da maior taxa desde julho de 2003, quando havia chegado a 6,2%.

Principal polo concentrador da indústria brasileira, a região metropolitana de São Paulo teve 41 mil postos fechados em março, variação de 2,3% frente a fevereiro. Esse desempenho foi decisivo para que o mercado de trabalho paulista registrasse 1,045 milhão de desempregados. Desde maio de 2007, o contingente de desocupados em São Paulo não ultrapassava a marca de 1 milhão de pessoas.

"Todo processo do mercado se dá como um reflexo do cenário econômico. Se está em crise, vai ter reflexo. O quanto vai afetar, a gente não sabe. O que se vê é uma redução de contingente na indústria, fazendo que tenha uma taxa de desocupação mais alta, o que aponta mais dispensas", observou Azeredo.

O nível de emprego com carteira assinada está em desaceleração. Na comparação com março, houve variação negativa de 0,5%. Em relação a março de 2008, verifica-se alta de 2,5%. Azeredo, no entanto, ressalta que a evolução nessa última comparação vem diminuindo.

"Pode-se dizer que há uma desaceleração no processo de geração de empregos com carteira. Em relação a igual período no ano anterior, a taxa vinha crescendo acima de 4%", comentou.

 

 

Folha

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