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Camisaria delivery; é só pedir que chega

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 Imagine chegar àquela reunião importante marcada de última hora com uma roupa inadequada ou uma camisa manchada daquele café ou do molho de tomate da hora do almoço. São situações que podem contribuir para o que o resultado do encontro não seja tão positivo quanto o desejado. Foi pensando nesse tipo de imprevisto que Daisy Gouveia decidiu voltar a confeccionar as camisas da própria marca e repensou o projeto que havia deixado de lado há dez anos.

 

Entre lojas multimarcas e confecção própria, a empresária iniciou, em 1987, a sua trajetória no setor varejista. Fonoaudióloga de formação, abriu mão do próprio consultório para instalar no mesmo espaço manequins e araras da sua primeira loja de roupas.

 

Doze anos depois de abrir a empresa, a necessidade de estar mais próxima dos filhos e participar ativamente de sua criação fez com que a empresária suspendesse as operações da loja. Decidiu ingressar no segmento de private label, na qual a camisaria produzia produtos genéricos que eram destinados a grandes grifes. “Eu me entusiasmei muito com o private label, porque via o produto que eu idealizava nas principais vitrines do país. Além disso, estava menos cansada com a nova rotina, o que fez com que eu deixasse a minha marca na geladeira.”

 

Diante da crise de empresas parceiras, Daisy percebeu que seus ganhos estavam muito limitados e decidiu pelo relançamento de sua marca.

 

Sem precisar investir em maquinário e confecção, o principal motivo que fez com que a empresária reabrisse a Camisaria Daisy Gouveia foi a necessidade de ver o desenvolvimento do seu processo criativo sem a interferência de terceiros. “Quando trabalhava com private label, os donos da marca sempre dão sugestões para que algumas coisas sejam modificadas na coleção”, explica.

 

 

Ousada, a empresária decidiu que a reinauguração poderia lhe trazer bons resultados, porém, com cautela, decidiu investir em um modelo de negócio inovador. à primeira vista, a ideia de abrir uma loja foi descartada, em função da rotina agitada. “Ao estabelecer que não queria uma loja física, eu sabia que teria que fazer uma distribuição diferente e atrativa”.

 

Durante a pesquisa de mercado, Daisy descobriu uma sapataria que adotava o delivery como principal mote do negócio. Interessada, realizou um pedido para avaliar o serviço. A maneira como a compra foi realizada não agradou a empresária, que enumerou uma série de equívocos que teria que evitar caso adaptasse o modelo para o seu empreendimento.

 

 

Meses depois, reabriu a camisaria integrando o processo delivery ao projeto. Detalhista, não dispensou cuidados à apresentação de seu produto. “Quando alguém nos solicita uma entrega, busco enviar uma série de combinações. As embalagens agregam ao atendimento caráter personalizado. Normalmente, os clientes compram mais do que uma peça. Se eu enviasse apenas o modelo solicitado, perderia a chance de vender mais e não conquistaria a consumidora para próximas vendas’, diz, revelando que sua cartela de clientes já conta com mais de 600 clientes em pouco mais dois anos de existência.

 

 

As mulheres são o seu público-alvo, com destaque para as compras feitas por executivas, advogadas e médicas. De acordo com a empreendedora, muitas delas trabalham por mais de 12 horas diárias e não têm tempo para ir ao shopping comprar roupas. Encontraram no delivery a solução para a escassez do tempo.

 

 

“Às vezes, recebemos ligações de mulheres dizendo que derrubaram café na camisa e que precisam de um produto imediatamente. Essa disponibilidade e praticidade que determinam a fidelização das consumidoras”.

 

Engana-se quem pensa que a empresária se esqueceu dos homens. Mesmo sem ter produtos masculinos, Daisy explica que muitos procuram a camisaria para presentear uma mulher. Neste caso, as camisas são entregues à presenteada para que ela escolha o modelo de sua preferência. “Acabamos virando uma possibilidade para os homens que não gostam de ir aos shoppings e que temem comprar o item errado”.

 

 

O grande segredo do projeto empreendedor é que ele conta com um catálogo eletrônico, onde os clientes podem solicitar um pedido de orçamento, sem a opção de compra imediata. “Se o cliente não gostar do produto, ele pode dispensar a compra sem gastar nada. Até o serviço de entrega é gratuito. A consumidora tem até 48 horas para confirmar a compra ou devolver as peças sem desembolsar um tostão. Este laço de confiança estabelecido faz com que tenhamos clientes que nos procuram constantemente”, comemora Daisy.

 

 

Por mês, a Camisaria Daisy Gouveia vende em média 500 camisas e 300 calças. No inverno, o consumo é ainda maior em função do frio, já que os terninhos agregam valor à receita da camisaria. Os preços das camisas oscilam entre R$ 120,00 e R$ 230,00. O preço justo, porém, faz com que o ticket médio varie entre R$ 500,00 e R$ 700,00. Além disso, o envio de diversas combinações faz com que as clientes comprem mais de um item.

 

O atendimento personalizado aos consumidores não se limita aos funcionários. A preocupação com o bem-estar da clientela fez com que Daisy fosse criteriosa na escolha dos motoboys terceirizados.

 

 

“No início, muitas consumidoras temiam receber as pessoas em sua casa. O tratamento personalizado que damos a elas, incluindo atendimento, embalagem e entrega fez a diferença.”

 

Para 2013, a Camisaria pretende voltar às grandes lojas de departamento, porém a empresária descarta prestar serviços de private label. Apenas neste ano, a intenção é que a marca esteja presente em pelo menos 10 lojas na capital paulista.

 

 

jornal Brasil Econômico

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