Categorias: Economia

Caixa ganhou R$ 1,05 bi na loteria em 2012

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 A “fezinha” que muitos realizam quando a Mega Sena acumula rende poucos milionários, já que a probabilidade de ganhar é ínfima — mas garante uma bolada para a Caixa Econômica Federal, que administra as loterias federais. Só no ano passado o banco público recebeu R$ 1,05 bilhão por conta do elevado número de apostas, alta de 7,7% em relação a 2011.

 

A título de comparação, esse montante é similar aos R$ 1,02 bilhão que a Caixa conseguiu com receitas de administração de fundos de investimentos entre janeiro e setembro do ano passado. Os dados consolidados de 2012 serão divulgados apenas no próximo mês.

 

Como administradora das lotéricas, que são cerca de 12.200 em todo o Brasil, a Caixa tem direito a 10% de tudo que é arrecadado em apostas nos dez tipos de loterias existentes. No ano passado, essa arrecadação chegou a R$ 10,49 bilhões. Os valores arrecadados não incluem as receitas com a prestação de serviços bancários nas lotéricas, que atuam como correspondentes para o banco.

 

O vice-presidente de fundos de governo e loterias, Fabio Cleto, afirma que a expectativa para este ano é que a arrecadação cresça 8%. Essa projeção não inclui possíveis aumentos no valor das apostas. A decisão de elevar os preços não cabe ao banco público, e sim à Secretaria de Assuntos Econômicos (Seae) do Ministério da Fazenda.

 

O executivo não disfarça o desejo de poder aumentar o valor das apostas. Cita o caso da Mega Sena, cujo a última atualização ocorrer em 2009, quando subiu para R$ 2. “Corrigido pela inflação, o valor hoje teria que ser R$ 2,80”, defende. Cleto acrescenta ainda que mesmo que as apostas caiam por causa de um reajuste no curto prazo, a consequência é ter mais prêmios acumulados, fato que costuma atrair os jogadores.

 

Mas enquanto não ocorre o reajuste, a Caixa contará com a internet para ajudar no crescimento da arrecadação.

 

Atualmente, clientes do banco podem apostar na Mega Sena. Com a ampliação do sistema, que deverá ser lançado em meados de 2013, qualquer pessoa poderá fazer a aposta virtualmente e realizar o pagamento em diferentes meios (cartão de débito, boleto bancário e outros). “Acredito que em até 12 meses após o lançamento, é possível que as apostas virtuais representem 5% do total”, prevê o executivo.

 

A Caixa ainda planeja o lançamento de uma nova loteria especial, a Lotomania da Páscoa, de um novo produto, no segundo semestre, e estruturação de outros. “Devemos estudar mais apostas esportivas, por exemplo”, afirmou Cleto.

 

Das loterias existentes no Brasil, apenas a Loteca está vinculada a resultado de jogos. “Queremos trazer opções que são mais adequadas ao perfil do brasileiro”, disse ontem em São Paulo.

 

A estimativa da Caixa é que o brasileiro aposte em loterias cerca de US$ 24 ao ano. Esse valor está abaixo dos US$ 240 da Argentina e dos quase US$ 700 de Grécia e Espanha. Essa diferença, segundo Cleto, mostra que é possível conquistar mais apostadores. No entanto, diz que não é possível fazer uma comparação precisa com outros países uma vez que no Brasil não é permitido jogos de azar. “O que se nota é a busca por modalidades mais dinâmicas”, explicou.

 

 

Expandir o número de casas lotéricas também deve contribuir para o crescimento das receitas e elevação do volume de apostas per capita. Hoje, são cerca de 12.200 lotéricas em todo país o que significa um ponto para pouco mais de 15 mil habitantes. O plano da Caixa é abrir 1.500 ao ano até o final de 2015.

 

 

Balanço

 

Do total arrecadado com as loterias no ano passado, R$ 3,5 bilhões foram destinados ao pagamento de apostas. A maior foi paga com o prêmio principal da Mega Sena da Virada, que chegou a R$ 244,77 milhões.

 

No entanto, a maior parcela da arrecadação foi para os diversos projetos sociais que possuem as apostas como fonte de receitas. Os repasses somaram R$ 4,89 bilhões, incremento de 8,33% em relação a 2011.

 

Um dos maiores repasses foi para a educação, R$ 936,1 milhões. Desse total, R$ 198 milhões vieram de repasses de prêmios prescritos — que não são reclamados pelos ganhadores no prazo de 90 dias. Incentivo ao esporte, com repasses ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), seguridade e segurança também recebem recursos provenientes das loterias.

 

 

Já os lotéricos ficam com 9% do valor arrecadado. O 1% restante é destinado a um fundo de comunicação e marketing.

 

Por regiões, São Paulo foi o estado responsável pelo maior volume de apostas, R$ 3,40 bilhões, seguindo por Minas Gerais, com R$ 1,14 bilhão e Rio de Janeiro, com R$ 1,03 bilhão.

 

 

jornal Brasil Econômico

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