Depois de inaugurar o Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Petrobras no Rio de Janeiro na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, no programa semanal de rádio Café com o presidente, que o Brasil não corre mais risco de sofrer um apagão energético, como em 2001.
"O fato concreto é que com este terminal de gás natural liquefeito na Baía da Guanabara, a gente dá sinal para o Brasil de que não haverá problema de energia no Brasil porque quando nós tivermos com os lagos das nossas hidrelétricas vazios, que não tiverem produzindo energia nós poderemos acionar a termelétrica a gás e ela vai produzir a energia que o Brasil necessita", disse.
O presidente ressaltou, no entanto, que os investimentos em gás não indicam que o País pode chegar a descumprir o contrato para a compra de gás da Bolívia, assinado em 1999 com prazo de 20 anos, mas servem para por fim à dependência do recurso.
"Importamos gás da Bolívia e nós não poderíamos ficar dependentes de um país. Com esse terminal significa que nós poderemos importar gás de outros países. Por exemplo, esse terminal da Guanabara, o primeiro navio que chegou, veio de Trinidad e Tobago, 14 milhões e meio de metros cúbicos", explicou.
No ano passado, Lula inaugurou o terminal de GNL de Pecém, no Ceará, com capacidade para 7 milhões de metros cúbicos diários de gás natural e mais um terminal ficará pronto entre 2012 e 2013.
"Nós tomamos a decisão de que o Brasil ia ser independente e por essa decisão nós resolvemos fazer o terminal no porto de Pecém, no Ceará, esse terminal da Baía da Guanabara, ainda vamos fazer mais dois e eu estou convencido de que o Brasil pode prometer a qualquer investidor brasileiro que não faltará mais energia no Brasil", completou Lula.
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