A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) descolou da influência negativa das bolsas dos EUA e fechou em alta nesta sexta-feira (2). O índice Ibovespa, referência para o mercado nacional, teve valorização de 1,18% e alcançou os 61.171 pontos. Na semana, a valorização foi de 1,35%.
As perspectivas animadoras para a economia brasileira, somadas ao efeito positivo da eleição do Rio de Janeiro para sede das Olimpíadas de 2016 sobre os papéis de alguns setores foram as causas para os ganhos nesta sexta.
Ações de construtoras, siderúrgicas e companhias áereas, vistas como grandes beneficiárias potenciais da realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, foram as líderes de ganhos. TAM, Gol e Gerdau foram exemplos de companhias que viram seus papéis valorizarem nesta sexta.
Ed Kuczma, analista de investimento da gestora de fundos Van Eck Global, em Nova York, considerou que o anúncio tem um impacto positivo sobre o humor dos investidores. Ele considerou que as ações de companhias aéreas podem ter as estimativas de lucros elevada por analistas, em meio à perspectiva de aumento do fluxo de turistas, além das empresas de locação de veículos, como a Localiza, e de duty free, como a Dufry.
"Acho uma notícia positiva em termos de fluxo. Os mercados reagiram positivamente a isso – com a valorização do real e de ações como as do setor aéreo", disse.
EUA
O inesperado aumento do ritmo de demissões nos Estados Unidos em setembro e o revés nas encomendas à indústria do país em agosto empurraram as bolsas de Nova York para baixo.
Além disso, o Departamento de Trabalho do país comunicou nesta sexta o fechamento de 263 mil postos de trabalho no mês de setembro. Resultado acima do esperado. Já a taxa de desemprego saiu de 9,7% para 9,8%, a maior taxa em 26 anos. Em Wall Street, os índices operavam em leve queda.
Os agentes também acompanham os desdobramentos do encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do G7 que acontece em Istambul. A reunião anual na Turquia marca o nascimento de um "novo FMI", disse nesta sexta-feira o diretor-gerente do fundo, Dominique Strauss-Kahn.
G1
