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BB tem queda no lucro, mas vê crédito em recuperação

desaceleração do crédito e o aumento da inadimplência afetaram o resultado do Banco do Brasil, derrubando seu lucro para R$ 1,665 bilhão do primeiro trimestre, 29,1% menor do que em igual período de 2008.

O prejuízo da Nossa Caixa não teve impacto sobre o resultado do BB, diferentemente do que uma leitura inicial dos números pudesse sugerir.
 

A carteira de crédito do BB no final de março atingiu R$ 241,9 bilhões, 40% maior que 12 meses antes. Essa evolução inclui o efeito da consolidação da Nossa Caixa, a incorporação do Besc e do BEP e a aquisição de carteiras de crédito de bancos de pequeno porte. Desconsiderados esses efeitos, a carteira total cresceu 29,8% em 12 meses.

"Nosso crédito cresceu acima da média do mercado, mas houve uma desaceleração no trimestre, que fez nossas receitas com crédito caírem 19% em relação a dezembro", disse o gerente geral de relações com investidores do banco, Marco Geovanne Tobias da Silva, em teleconferência com jornalistas.

Além disso, a qualidade dos empréstimos piorou, com o índice de inadimplência atingindo 2,7% da carteira, ante 2,4% há 12 meses, que resultou num aumento de 11,2% nas despesas com provisões para perdas, sobre dezembro, para R$ 2,49 bilhões. E a previsão é de piora.

"A inadimplência vai se alongar, sim. Pode aumentar em até 2 pontos percentuais", avisou Silva.

Por fim, a instituição ainda teve uma queda de 29% dos resultados com tesouraria em relação a dezembro, sobretudo devido aos efeitos da queda da Selic sobre a carteira de títulos públicos detida pelo banco.

Com isso, no BB o retorno sobre patrimônio, tradicional índice que mede a lucratividade de um banco, caiu de 27,6% para 19,1% na comparação em 12 meses, descontados os efeitos extraordinários.

"Nossa expectativa é que a rentabilidade fique entre 19% e 22% em 2009", disse o executivo.

Extradordinários
O resultado líquido do período também foi impactado por eventos considerados não recorrentes. Um deles foi a ativação de créditos tributários de R$ 1,2 bilhão, que serão usados para compensar o aumento da alíquota da CSLL, de 9% para 15%.

Por outro lado, o BB constituiu provisão adicional para pagamento de demandas trabalhistas, cíveis e fiscais num total de R$ 1,367 bilhão e outros R$ 95 milhões para possíveis perdas oriundas de planos econômicos.

NOSSA CAIXA

Silva esclareceu que, embora os números do trimestre já tragam a consolidação da Nossa Caixa, cuja compra foi efetivada em novembro de 2008, os efeitos no balanço foram apenas no patrimônio.

Por isso, o prejuízo de R$ 349 milhões registrado pela Nossa Caixa no trimestre, fruto de um ajuste contábil referente à transferência do controle acionário para o BB, não teve efeito no resultado.

De acordo com Silva, a parcela de 49% do Banco Votorantim comprada em janeiro ainda não foi consolidada nos resultados, já que a operação carece de aprovação pelo Banco Central. E as negociações para eventual compra do BRB (Banco de Brasília), estão em andamento, acrescentou.

Também influenciados pelas aquisições recentes, os ativos totais do BB chegaram a R$ 591,9 bilhões em março, um avanço de 42,9% sobre março de 2008.
 

 

 

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