Autor Potiguar lança livro na Brasil Mostra Brasil

 A EQM (Experiência de Quase Morte) é o tema do livro que será lançado nesta quarta-feira (10/07) na Multifeira Brasil Mostra Brasil pelo autor Potiguar Roberto Coutinho da Motta, o Bob Motta. Para ele, lançar a obra na Paraíba é uma viagem de volta às origens familiares.

Intitulado ‘Na Fronteira da Existência: o que vi do lado de lá e o que fiz do lado de cá’, o livro é uma narrativa da doença aterosclerótica do autor que o levou a uma internação hospitalar de mais de 20 dias após uma cirurgia. No período em que ficou inconsciente, Bob Motta conta que viveu a EQM.

Na narrativa o autor relata o encontro com parentes e amigos que já tinham morrido. “Andei por jardins maravilhosamente bem cuidados no outro plano. Vi meus pais, amigos e parentes já desencarnados, conversei com alguns deles. Hoje, já não sou o mesmo de antes da cirurgia”, garante.

O livro de Bob Motta é um diferencial na obra do autor, considerado um poeta matuto. Ele já escreveu pelo menos sete livros e 190 cordéis, quase todos na linguagem matuta, além de cinco CDs gravados com poemas declamados e músicas de sua autoria, bem como temas de cantoria.

Para responder a razão do lançamento do livro da Brasil Mostra Brasil, o poeta não fugiu ao estilo e respondeu escrevendo em matutês:

“Ôxe ?! Minha gente; eu só fiz nascer na bêra da praia; me criei entre ais macambira e uis xique xique do meu amado Cariry-PB, cum ais bênção de Papai do Céu, Mamãe do Céu, Padíin Ciço, Frei Damião, duis meus irmãozíin matuto e cantadô de viola, dais festa de padruêra e duis “beréu de bêra de istrada”… Tudo isso sob a batuta do meu pai João Francisco da Motta e do meu querido cumpade Júlio Prêto… Num posso jamais isquecê meu irmãozíin Rossine Cruz, qui tá levando eu prá esse evento tão importante prá todos nóis… E num é atoa qui eu sô Cidadão Boavistense, não; sô cidadão pela divurgação da curtura populá nordestina; e apôis ?! Purisso é qui eu tô indo, prá Murtifêra, sem mêdo. Chêi de emoção no meu peito, levo a vocêis, meu inrrêdo; meu verso a essa gente boa, da querida João Pessoa, onde o só nasce mais cedo”…

Ascom