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Argentina busca acordo para reduzir déficit comercial com Brasil

A Argentina admitiu ter urgência para estabelecer um acordo com o Brasil, seu principal parceiro comercial, com o objetivo de reduzir o persistente déficit no comércio bilateral, de acordo com declarações feitas neste domingo por um dos principais negociadores do governo da presidente Cristina Kirchner.

– Devemos trabalhar de forma urgente, porque precisamos de algum tipo de entendimento dentro do prazo mais breve possível – afirmou o secretário do Comércio e Relações Econômicas Internacionais Alfredo Chiaradía, à agência local Notícias Argentinas.

A negociação teve início com o questionamento brasileiro em relação a algumas medidas do governo argentino, que considerou restritivas a seus produtos. Segundo Chiaradía, a discussão deve avançar o suficiente até a cúpula entre Kirchner e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, marcada para o dia 20 de março, em São Paulo.

As negociações tiveram início na última terça-feira, em Brasília, em uma reunião entre delegações dos dois países, coordenadas pelos chanceleres Jorge Taiana, da Argentina, e Celso Amorim, do Brasil, que criaram um grupo de trabalho para estudar a situação em cada setor da produção.

Chiaradía informou que a primeira reunião do grupo de trabalho será no dia 4 de março, em Buenos Aires. Para ele, os dois países chegarão ao encontro com perspectivas e estratégias diferentes, já que o Brasil goza de um amplo superávit, enquanto a Argentina se encontra "em uma situação de insatisfação que deseja mudar".

– O espirito da reunião será encontrar uma maneira de sair da atual situação com o menor impacto negativo possível para os dois parceiros – ponderou o secretário, que presidirá a reunião ao lado do vice-chanceler brasileiro, Samuel Pinheiro Guimarães.

Chiaradía declarou que o ideal seria que a Argentina aumentasse suas exportações para o Brasil, para equilibrar a balança.

– Mas não estamos em um universo ideal, já que a situação se caracteriza por uma importante queda da demanda e da capacidade de financiamento do comércio – reconheceu.


Agência AFP

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